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Francisco Beltrão: Especialista ministra aula no MBA em Gestão de Cooperativas de Crédito
Publicado em: 11/03/2014 às 16:49
Daniel Rech propôs reflexão sobre a importância do cooperativismo na construção de uma sociedade mais justa e igualitária
Considerado um dos maiores especialistas em cooperativismo da atualidade, o renomado advogado e professor Daniel Rech ministrou no final de semana uma aula para os pós-graduandos do MBA em Gestão de Cooperativas de Crédito da Universidade Paranaense - Unipar, Unidade de Francisco Beltrão.
Atuando como assessor jurídico da Unicafes (União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária), Rech propôs uma reflexão sobre a importância do cooperativismo em geral e do cooperativismo de crédito na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
“Busquei esclarecer o que a legislação demanda em termos de regulação e cumprimento de obrigações para que uma cooperativa possa se desenvolver de forma consistente e estável”, explica o especialista.
No seu ponto de vista, o cooperativismo tem dois aspectos essenciais. O primeiro é usá-lo como instrumento para superar a desigualdade social. O segundo, é que o cooperativismo demonstrou, ao longo dos anos, que é a melhor ferramenta no combate às crises de capital. “Ou seja, na crise que ocorreu recente as cooperativas se mostraram como um importante instrumento de enfrentamento das dificuldades”.
Entretanto, Rech afirma lamentar que o Brasil ainda esteja muito atrasado em relação a outros países. “Nós não chegamos a 3% da população cooperativada. A Europa, por exemplo, está acima de 30%”, ressalta, enaltecendo que na prática a política do estado brasileiro foi de controle. “O país não quer incentivar. Com maior participação e envolvimento das pessoas, a solução dos problemas econômicos e sociais seriam muito mais fácil”.
Ele lembra ainda que o projeto de lei que regulamenta a constituição e o funcionamento das cooperativas está parado no Congresso Nacional. “Ele substitui a legislação existente, que foi criada de uma forma burocrática e voltada ao cooperativismo agropecuário, formado pelas grandes iniciativas agropecuárias, as quais não atendem mais as necessidades atuais”.
Para o coordenador do MBA, professor Lucas de Oliveira Gomes, a vinda do especialista é um diferencial que irá agregar no currículo dos profissionais. “É muito importante esse debate sobre a retomada das bases do cooperativismo”, destaca, afirmando que a especialização é um sucesso, pois todos os alunos do curso já estão atuando no setor.
As inscrições para a próxima turma estão abertas e podem ser feitas até o próximo dia 30. O curso tem duração de um ano e meio, com aulas nos finais de semana, a cada 15 dias. Mais informações neste site, no link pós-graduação.