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Cascavel: Semana Acadêmica de História recebe professora de escola indígena
Publicado em: 29/11/2013 às 10:40
Evento detalhou a cultura Guarani e, ainda, relação entre literatura e história, pós-mulher, grotesco e carnavalesco na sociedade
Ampliação de conhecimento e reflexão foi o objetivo proposto em mais uma Semana Acadêmica realizada pela Universidade Paranaense – Unipar. ‘História, Cultura e Literatura’ foi o tema do evento, que trouxe para discussão de abertura ‘A cultura Guarani e a literatura: a questão do poético e do outro’. O assunto foi ministrado pela doutora Sinclair Casemiro, seguido de relatos da diretora da Escola Indígena Tape Aviru, professora Nilza Rodrigues (Jaxy), da Aldeia Vera Tupã’í, em Campo Mourão.
Outra discussão foi promovida pelo professor doutor Maurício Menon, que articulou como a literatura se apropria da história e como cria a história dentro dos gêneros literários. Invertendo os papéis, a professora doutora Márcia de Medeiros mostrou o historiador trabalhando com a literatura como documento da história, na perspectiva de Hayden White: “A literatura é entendida enquanto discurso e a história é o universo dos estudos e, epistemologicamente, também é um romance – uma produção literária”.
Na programação, a palestra intitulada ‘Cultura e história noturna: a pós-mulher e os usos sociais do corpo feminino’ chamou a atenção da plateia. O professor Fábio Alves alega que a mulher da sociedade patriarcal vivia em função do casamento, por depender do marido, já a pós-mulher decide quantos filhos ter e quando se separar: “A pós-mulher não deixa de fazer nada pela fala isso não é coisa de mulher. Também possui a capacidade de invaginar os sentidos masculinos e pelas vias da sedução exercer a dominação feminina.
O corpo também esteve relacionado à outra discussão. A pesquisa apresentada pela professora Claudiana Soerensen refletiu sobre ‘O corpo em pedaços: o grotesco e o carnavalesco incorporado na sociedade, literatura e história’. “O grotesco - que transgride o social, histórico e teórico - carnavaliza o perfeito, clássico e bom tom, tira a sociedade do centramento e desconstrói o que é considerado correto”.