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Cascavel: Com turnê literária e educativa, grupo de teatro da Unipar comemora os bons resultados do ano
Publicado em: 08/11/2013 às 16:00
Uma das peças de destaque versa sobre o câncer infantil, contemplando o Outubro Rosa
Para colaborar na difusão e valorização da arte e cultura em Cascavel, a Universidade Paranaense – Unipar criou há quase uma década a Cia de Teatro Hierofânico, idealizada no curso de História. Este ano, a turnê literária encantou crianças e adultos em escolas e teatros da região, com encenações diversas.
A mais recente apresentação fez parte da campanha Cascavel Rosa, em que a trupe apresentou a peça ‘Câncer infantil’, para crianças do Cemic Renato Festugato, envolvendo a comunidade da região norte da cidade. O enredo trabalha a questão do preconceito sofrido pela criança portadora de câncer, a prevenção da doença e, ainda, a importância da interação e amor transmitidos pela família e amigos na recuperação do paciente.
Outro espetáculo, ‘O Reino Encantado das Águas da Vida’, que busca conscientizar para a preservação da natureza, rios e mananciais, foi apresentado no Centro Cultural Gilberto Mayer e reverteu, para o Hospital do Câncer de Cascavel – Uopeccan, todo o montante de leite longa vida arrecadado como ingresso.
Na lista de peças produzidas e apresentadas também se destacou, neste ano, o monólogo Memórias Póstumas, que comemora o centenário de morte de Machado de Assis. A peça, premiada em edição anterior do Festival de Teatro de Cascavel, abrilhantou a abertura do evento neste mês. Trata-se de uma adaptação da obra publicada em 1881.
Brás Cubas
O protagonista Brás Cubas revela-se um arguto observador e analista psicológico dos personagens da sociedade brasileira do século 18.
Segundo o autor e ator da peça, Sidnei de Oliveira, o ritmo é composto por narrações digressivas apresentadas de maneira irreverente e irônica por um “defunto autor”.
Brás Cubas, por estar morto, se exime de qualquer compromisso com a sociedade, estando livre para criticá-la e revelar as hipocrisias e vaidades das pessoas com quem conviveu.
“Essa condição de autor defunto permite ao protagonista suspender a narrativa ou o tempo, dialogar com o espectador no momento em que sugere escrever capítulo ou propor ao espectador a supressão de algum capítulo. O tempo para Brás Cubas é suspenso, o que o leva a visitar o seu passado, conhecendo os segredos após a morte. Sem revelar ao espectador tais mistérios, vai se mostrando um narrador irônico acerca das paixões humanas”, conta autor da peça.