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O médico ginecologista Eliano Pellini, chefe do setor de Saúde e Medicina Sexual da Faculdade de Medicina do ABC, ministrou a palestra de abertura do 4º Simpósio da Saúde e Meio Ambiente e a 4ª Mostra de Trabalhos Científicos da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Francisco Beltrão. O evento segue até esta sexta-feira, com diversas palestras, apresentação de artigos e minicursos. O auditório da Churrascaria Pampeana ficou lotado com alunos e professores dos cinco cursos que fazem sua semana acadêmica integrada.

À frente da organização dos trabalhos estão as coordenações dos cursos de Estética e Cosmética, Enfermagem, Farmácia, Ciências Biológicas e Nutrição. Pellini foi convidado para falar sobre "Saúde Sexualmente Transmissível" abordando temas gerais relacionados à saúde e tabus da sexualidade feminina.

Ele recomendou para os profissionais de saúde se prepararem para atender uma geração de pessoas mais exigentes com relação à qualidade de vida. "Hoje, qualquer serviço médico bem orientado, com recursos avançados, consegue colocar você no grupo das pessoas com 80, 90 anos, mas o grande problema é proteger sua saúde para chegar aos 70 anos inteiro."

Com bom humor, o ginecologista repassou informações importantes sobre sexualidade. Segundo ele, sexo é saúde e quem faz sexo, invariavelmente, tem uma cara mais feliz. "Ao contrário dos homens que fazem sexo a qualquer hora, mulheres só fazem sexo se estiverem bem. As mulheres estão para os seus homens para o que der e vier, mas eles, infelizmente, estão para aquela mulher que vier e der", brincou.

O médico ressaltou que a função sexual é muito importante para as mulheres e alertou que no Brasil cerca de 60% delas fazem uso frequente de antidepressivos, demonstrando grande índice de problemas emocionais.

Pellini comentou que o sexo tem uma individualidade especial e também um significado diferente para homens e mulheres. "Se a mulher não estiver bem, ela não faz sexo; se o sexo não estiver bem, elas ficam mal. Enquanto que o homem se o time ganhou, ele faz sexo, se o time perdeu, ele faz sexo." Ele ainda falou das várias doenças ligadas à função reprodutiva e ao ganho de peso das mulheres. "Uma das doenças mais comuns que fazem as meninas ficarem gordinhas é a síndrome dos ovários policísticos. Quem tem ovário policístico de nascença tem uma dificuldade incrível de controlar peso. Além da perda estética importante, oleosidade, queda de cabelo, crescimento de pelos."

Ministram palestra no Simpósio outros profissionais renomados, que abordam os temas Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte, Atualização em Doença Renal Crônica, Maquiagem e Arte: Técnicas, Cores e Tendências, Prescrição Farmacêutica e Interpretação de Exames Laboratoriais.