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NOTÍCIA

Francisco Beltrão: Em TCC, aluna incrementa biscoito com casca de melancia

Publicado em: 03/10/2013 às 15:15

Testes de laboratório com farinha feita da entrecasca da fruta resultaram num produto mais nutritivo, sem comprometer o sabor

Melancia: o que normalmente é jogado fora, pode ser aproveitado como fonte de fibra

O consumidor está cada vez mais preocupado com a sua saúde, optando por alimentos orgânicos, naturais, funcionais, enfim, mais saudáveis. Diante disso, as indústrias de alimentos vêm respondendo com a diminuição de certos ingredientes, como o sal, gordura e açúcar, e com a adição de outros, como farinhas enriquecidas.

Com esse acréscimo, obtêm produtos hiperprotéicos, quando adicionados com fontes alimentares protéicas, ou hiperglicídicos, enriquecidos de carboidratos, podendo ser simples ou complexo, caracterizado como fonte de fibras.

A professora do curso de Nutrição da Unipar e nutricionista do Hospital Regional, Mirian Cozer, alerta que estudos demonstram o uso de farinhas à base de vegetais, cascas e entrecascas de frutas, como boa opção no desenvolvimento de produtos com o intuito de aumentar a quantidade de fibras para a alimentação humana.

Como consequência, ela destaca, isso gera diminuição do desperdício de alimentos. “Essas farinhas têm sido amplamente usadas pela tecnologia de alimentos na elaboração de produtos de panificação, como bolos, pães e biscoitos”, informa a professora.

Ela observa que com o crescente desenvolvimento de tecnologia para o aproveitamento de subprodutos industriais e o descobrimento de novos efeitos benéficos à saúde, é cada vez maior o incentivo ao consumo de alimentos funcionais melhorando, dessa forma, a ingestão de fibras na alimentação. A indústria alimentícia já faz testes na elaboração e desenvolvimento de biscoitos à base da farinha da entrecasca da melancia.

De acordo com ela, a melancia é um produto que pode ser aproveitado em larga escala, uma vez que possui propriedades refrescantes e diuréticas, associadas ao sabor agradável e ao baixo teor de calorias, rica em água, que funciona como excelente fonte de vitaminas e sais minerais.

Ela lembra que em 2012, a acadêmica do curso de Nutrição da Unipar, Maristela Panizon, desenvolveu como tema em seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) a extração da farinha de entrecasca de melancia e testou a utilização em receita de biscoito. “Depois foi realizada a análise sensorial, determinando assim a composição nutricional do produto desenvolvido e avaliando as características físico-químicas da farinha extraída”, conta a professora, adiantando que o resultado foi muito bom.

“O produto se mostrou altamente nutritivo”, destaca. Em 100 gramas de farinha foram encontrados 1,29% de lipídeos, 11,32% de proteínas, 3,82% de fibras [dados obtidos através do laudo de análise físico/químico]. A partir da análise da composição nutricional do biscoito desenvolvido, obteve-se 130,1 kcal/30g, 22g de carboidratos, 3,1g de proteínas, 3,7g de gorduras totais e 1,4g de fibras, cálculos baseados em uma quantidade equivalente a uma porção, 30g ou cinco unidades do biscoito desenvolvido.

Na degustação, o produto também se saiu bem, com boa aceitação: 96,5% de aceitação do público que realizou a análise sensorial. Foi identificado no biscoito 4,6g em 100g de fibras enquadrando-se como alimento rico em fonte de fibras. "O resultado obtido na avaliação sensorial permite que esse biscoito faça parte de uma dieta equilibrada”, informa.

Ou seja, com o aproveitamento integral de um subproduto, a farinha da entrecasca de melancia, chega-se a um produto de alta qualidade, em termos nutritivos e sabor. “Como apresentou boas características, essa farinha pode ser usada também na preparação de sucos, iogurtes e vitaminas de frutas; trata-se de uma alternativa de baixo custo, que vai enriquecer ainda mais a alimentação.

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