Cascavel: Sipat discute temas de saúde, inclusão e segurança no trabalho
Publicado em: 03/07/2013 às 16:50
Palestraram biomédico, enfermeiro, psicóloga e administradora; encerramento foi em almoço de confraternização
Trabalhar com palestras educativas é uma das primazias da Universidade Paranaense – Unipar, que na última semana realizou sua 12ª Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), com temas variados no âmbito da saúde, inclusão e segurança no trabalho. O evento foi promovido pela equipe da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) gestão 2012/2013 e reuniu colaboradores de todos os setores.
A abertura dos trabalhos foi proferida pelo diretor da Unidade, professor Gelson Uecker, que prestigiou a programação. Palestra sobre HPV (Papiloma Vírus Humano) foi ministrada pelo coordenador do curso de Biomedicina, professor Raphael Sahd. “O vírus tem comportamento pleomórfico, apresenta lesões que podem regredir, persistir ou progredir; é capaz de infectar células especializadas da pele ou mucosas”, informou.
Conforme estudo, há mais de cem tipos diferentes catalogados e mais de duzentas variações, na maioria subtipo associado a verrugas benignas, neoplasias e câncer do colo do útero. “Nem todo vírus do HPV causa o câncer, porém há linhagens que podem provocar alterações celulares que levam à malignidade”, observou.
Sobre os meios de transmissão apontou o contato sexual, tanto pela mucosa genital quanto oral, além da transmissão da mãe para o feto durante a gestação ou parto. “Durante os primeiros anos da atividade sexual o índice de contaminação do HPV é mais elevado, pelo fato de o ato sexual ser realizado com um maior número de parceiros e sem o uso de preservativo, além da associação com o tabagismo e anormalidades imunológicas do paciente”, disse. . Também o Bombeiro do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), enfermeiro João Paulo Rodrigues, foi convidado para falar sobre Primeiros socorros. Sua fala abarcou que, em primeiro lugar, é preciso verificar se há complicações nas vias aéreas, respiração, circulação, checar pulso, controlar hemorragias, avaliar o estado neurológico (alerta, comando de voz, estimulo doloroso e inconsciente), perfusão capilar e dilatação da pupila.
Na abordagem secundária deu exemplos de casos de afogamento, engasgamento, parada cardiorrespiratória, técnicas de compressão torácica realizadas em obesos ou gestantes, tipos de fraturas e melhor transporte do paciente, queimaduras de 2º grau, hemorragias de sangue venoso e arterial. Este segundo considerado mais grave pelo comprometimento das artérias, perda de oxigênio e de pulso.
Outro assunto foi abordado pela professora do curso de Psicologia, Helena Leandro. Com experiência de mais de 20 anos em Apae, focou como deve ser o comportamento diante de uma pessoa que usa cadeira de rodas, que tem paralisia cerebral, deficiência visual, auditiva ou mental. A psicóloga explicou que, em qualquer um dos casos, se houver interesse em oferecer ajuda, é importante perguntar antes se a pessoa deseja ser ajudada, se aceito, indagar qual a melhor formar de proceder.
Atenção maior foi para a paralisia cerebral, desmitificando: “Não confunda com deficiência mental – a paralisia afeta o aparelho motor e não o intelectual; a pessoa ouve e entende tudo”. Disse que a criança é inteligente e sensível, reconhece que é diferente das outras e se a pessoa seguir o seu ritmo poderá ajudá-la.
A professora sugeriu a todos que assistam na internet ao vídeo ‘O empacotador’ e argumentou: “Está na hora de as pessoas lidarem com naturalidade e respeito em relação às diferenças. Como vemos a realidade da Unipar, eles estão chegando cada vez mais aos bancos universitários e isso é muito bom, para que possamos perder o medo de chegar perto e não saber o que fazer, e aprender a conhecê-los; eles têm capacidade para lidar com a deficiência, nós é que não temos”.
Durante a semana, os funcionários prestigiaram o filme ‘Desafiando Gigantes’ e, associando ao enredo, a coordenadora do curso de Administração, professora Ana Cláudia Suszek, promoveu reflexão sobre a diferença de grupo e equipe, destacando a importância de, em uma organização, todos lutarem por objetivos em comum. Enalteceu que o líder é como qualquer ser humano, e ainda tem seu pescoço à disposição da empresa, caso sua equipe não consiga atingir as metas.
Sobre atingir o sucesso, observou que o trabalho se torna melhor quando as pessoas questionam a rotina, reconhecem os obstáculos, experimentam mais, comprometem-se com o trabalho, colaboram com as outras, constroem confiança, se adéquam às mudanças, trabalham a comunicação e fazem escolhas conscientes. Outro ponto de referência foi como a pessoa constrói sua imagem pessoal. “Meu discurso deve ser minha prática; minha postura deve ser condizente”, atentou.
Quanto à formação de uma equipe, disse que é como família, organizada para tornar as pessoas mais próximas, de modo que umas dependam das outras. “Cada integrante deve ter consciência de que seu trabalho é importante para o grupo e se sentir valioso”, motivou.