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NOTÍCIA

Francisco Beltrão: Arquitetura e Urbanismo projeta abrigo contra enchentes

Publicado em: 18/06/2013 às 16:50

Estudantes tiveram que construir e pernoitar no espaço feito à base de papelão, lona, plástico, bambu e madeira

Diandra, Ronize e Eliana enroladas nas cobertas para passar a noite dentro do abrigo erguido por elas
Antes de colocar a mão na massa, os alunos produziram maquetes com o protótipo
O professor Richard Bente coordenou os trabalhos

Os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paranaense - Unipar, Unidade de Francisco Beltrão, foram desafiados a projetar, construir e pernoitar em um abrigo feito com diversos tipos de materiais: papelão, lona, plástico, bambu e madeira. A atividade durou cerca de um mês e fez parte da disciplina de Projeto Arquitetônico I.

O coordenador da graduação, professor Richard Bente, diz que os estudos prévios foram embasados em pesquisas e feitos com desenhos e maquetes. Em seguida, o projeto foi executado em escala real.

“O trabalho foi feito por equipes de cinco alunos do primeiro ano que, depois de edificar seu protótipo, tiveram que pernoitar no local”, informa. “Esse ano, levaram sorte, porque não estava tão frio e nem choveu", brinca o coordenador.

Segundo ele, o objetivo é capacitar os estudantes a construir unidades mínimas de habitação. "Não trabalhamos com conceitos consolidados; foram erguidas tendas, tencionados, pórticos. É um exercício interessante, já que a ideia é para que os alunos utilizem conhecimentos próprios e produzam esse abrigo".

Abrigo emergencial

Realizado pelo terceiro ano consecutivo, o projeto também leva os estudantes a conhecer o funcionamento estrutural dos materiais. De acordo com o professor Richard Bente, o município de Francisco Beltrão sofre com seguidas enchentes, que deixam um grande número de famílias desabrigadas. “Diante desse cenário, estamos estudando uma parceria com a indústria de móveis Marel para utilizar os resíduos da empresa na produção de kits de abrigo emergencial. A meta é que esse abrigo antienchente seja construído rapidamente, no máximo em uma noite. No futuro, quem sabe, pode-se trabalhar com abrigos comunitários maiores”, afirma.

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