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Cascavel: Aula Magna discorre sobre ética voltada à felicidade
Publicado em: 07/05/2013 às 14:50
Fatores como razão e equilíbrio foram abordados na discussão, levantada pelo professor Marcelo Rodrigues
Com a temática ‘Ética voltada à felicidade’, a Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, realizou a Aula Magna integrada dos cursos de Direito, História, Ciências Contábeis, Administração e Matemática. O foco da discussão, trazida pelo professor Marcelo Guerreiro Rodrigues, foi a constituição de homem privado e político.
Segundo Rodrigues, o indivíduo é fruto da tradição, cultura e valores organizados pela razão e incutidos socialmente: “Aprendemos cedo os padrões necessários de contingência, os princípios de Mileto, Pitágoras, Euclides... mas não aprendemos a sermos melhores professores, profissionais, marido, filhos – nesses elementos usamos conceitos metafísicos e não aprendemos a racionalizar”.
Em sua fala, trouxe um pouco da filosofia teológica que afirma que tudo na natureza tem uma finalidade e a do homem é a felicidade, o prazer, a superação de todos os desejos que trazem sofrimento: “Felicidade consiste num estado perfeito pela congregação de todos os bens”.
Diante deste conceito, quase inatingível, o palestrante destacou a angústia como consequência da forma de sentir o mundo. “Buscamos teorias para explicar o nosso vazio, apelamos para a lei, religião e história, sem nos darmos conta de que a razão leva à felicidade, sem recorrermos para as proposições, mas também sem excluí-las”, disse.
Graduado em Direito, Estudos Sociais e Filosofia, o palestrante apresentou a visão de alguns pensadores, como a de Aristóteles, o discípulo que fez uma reflexão do mestre Platão para criar sua filosofia de que “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam”.
Também apontou os preceitos de Sócrates, que cria a ideia de alma para guiar o ocidente e o pensamento platônico de que a busca pela felicidade está em coisas abstratas. Questionou como cada um pode entender um pouco de si: “Tudo muda, mas algo permanece na mudança – o espírito, único infinito imutavelmente homogêneo”.