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NOTÍCIA

Cascavel: Mesa-redonda amplia visão do tema ‘Fé e Ciência’

Publicado em: 22/03/2013 às 15:30

Convidados compartilharam posições na área do Direito, História, Psicologia e Teologia

Encontro traz relação entre os temas, sob perspectiva da profissão
Convidados e organizadores compõem mesa de honra
O advogado, doutor Antônio Carlos Brandão
Frei Lorivaldo Nascimento expressa postura teológica
Convidados recebem lembrança do evento
Convidados recebem lembrança do evento
Convidados recebem lembrança do evento

Tema instigante foi o foco da mesa-redonda organizada pela Pastoral Universitária na volta às aulas da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel. Os formandos dos cursos foram convidados a prestigiar a troca de ideias sobre ‘Fé e Ciência – um diálogo possível na Universidade’. O assunto reuniu também estudantes da Famipar.

Na introdução, cientistas como Galileu Galilei, Albert Einstein, Giordano Bruno e os teólogos Martinho Lutero, Santo Agostinho e Teilhard de Chardin foram citados como luz do conhecimento científico e teológico deste milênio.

Para compor a mesa e se posicionar a respeito da relação entre fé e ciência em determinadas áreas do saber e atuação foram convidados o teólogo Lorivaldo do Nascimento, o historiador Leodefane Bispo, o advogado Antônio Carlos Brandão e a psicóloga Clarice Catelan. O grupo também falou das contribuições de cada profissão para a sustentação do diálogo entre fé e ciência.

Brandão fez um apanhado de que todas as sociedades foram influenciadas pela religião e se utilizaram dela; o Direito na forma de ordenamentos jurídicos, que visam à melhoria do convívio social. “É a ética que regulariza a ciência e a religião, pois não se discute, por exemplo, aborto ou eutanásia sem esse entremeio moral”, disse, frisando que quanto mais laico o Estado, mais justa a sociedade e maior a compreensão e respeito aos direitos humanos.

Frei Nascimento fez fundamentações com base em Charles Darwin e a teoria da evolução e defendeu o pensamento de Louis Pasteur, de que “um pouco de ciência nos afasta de Deus; e muito, nos aproxima”. Afirmou ainda que “as novas descobertas científicas e tudo o que diz respeito ao homem contribuem, sem dúvida, para a tecnologia”.

Discutindo o assunto sob a vertente histórica, o professor do curso se utilizou do período da Idade Média, quando tudo se origina da criação: “A fé e a ciência discutem, mas estão intimamente ligadas. A razão desperta a fé, que desperta a verdade – Deus – que justifica tudo”. Bispo também argumentou que o homem é corpo, alma e espírito e a fé e a razão o concilia.

Pela abordagem psicológica, a docente analisa que a fé tem um impacto na qualidade de vida das pessoas, originando atitudes no cotidiano familiar, econômico e nas relações de trabalho. “Fé e ciência promovem a reflexão de como o homem se constitui de fato e a necessidade de regulação da vida em sociedade, do que quer para si e para o outro”, relacionou.

Clarice explica que o objeto de estudo da ciência psicológica é o ser humano, pensado como ser completo e multideterminado: “Ele nasce em uma sociedade posta e aprende a ser gente com a convivência, se fazendo essencial esse contexto interdisciplinar”.

Em agradecimento, os participantes foram presenteados com a edição do último caderno de estudos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

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