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Francisco Beltrão: História relembra visita temática à Costa do Descobrimento
Publicado em: 05/12/2012 às 14:20
Curso viajou para Porto Seguro, palco do descobrimento; no ano que vem, Buenos Aires é o roteiro
Esse ano, um grande marco para o curso de História de Francisco Beltrão foi a viagem de estudos à região de Porto Seguro, na Bahia. Conforme o organizador, professor Odair Eduardo Geller, a imersão no ambiente físico do desembarque português, em abril de 1.500, se constituiu em um exercício de vivência da história das relações interétnicas, que redundaram na formação cultural que hoje recebe o nome de Brasil.
As viagens temáticas são tradição no curso, que já esteve na Serra Gaúcha e Região das Missões (Rio Grande do Sul), do Contestado (Santa Catarina), Morretes e litoral paranaense, Minas Gerais e Rio de Janeiro. “Acredito que é de fundamental importância proporcionar aos acadêmicos o contato com as regiões históricas. Uma oportunidade de ampliar o conhecimento e ver ambientes que foram palco de fenômenos determinantes para a História”, pontua o coordenador do curso, professor doutor Ismael Antônio Vannini.
Geller conta que, na Bahia, os membros da expedição acadêmica visitaram pontos significativos e primazes da história da presença portuguesa: a Cidade Alta, onde está o centro histórico e o ‘Marco do descobrimento’, com data aproximada entre 1503 e 1526, a Igreja de Nossa Senhora da Pena, construída em 1535 pelo donatário da Capitania, Pero de Campos Tourinho (onde estão guardadas imagens sacras dos séc. XVI e XVII), a Igreja da Misericórdia, a Casa de Câmara e Cadeia, sede do Museu do Descobrimento, além do casario que serviu de residência aos primeiros habitantes da Vila, tombado como patrimônio nacional em 1973.
O grupo visitou, ainda, o Arraial da Ajuda e a magnífica praia de Trancoso. Já no município de Santa Cruz Cabrália, onde se localiza a Praia da Coroa Vermelha, local da primeira missa celebrada no futuro território brasileiro, pelo Frei Henrique de Coimbra, a expedição entrou em contato com os índios da etnia Pataxó, grupo que está entre as primeiras etnias a entrar em contato com o branco recém chegado. Na parte alta da cidade viu-se a igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no século XVII, a Casa de Câmara e Cadeia, que abrigou a primeira Intendência do Brasil, prédio do século XVIII, e as ruínas que possivelmente constituíram parte de um colégio jesuíta do século XVI.
Tocados pela sensibilidade típica daqueles que manifestam vocação pelas humanidades, ao final da expedição, acadêmicos e professores se ficaram extasiados pelo efeito do contato com os sítios históricos baianos. “A atividade fortaleceu em cada acadêmico a convicção da vocação pela História, proporcionando a ampliação dos horizontes históricos e geográficos”, observa o coordenador, mencionando que para 2013 o roteiro é Buenos Aires.