Cascavel: Dia do Matemático é comemorado com integração e conhecimento
Publicado em: 09/05/2012 às 16:20
Confraternização entre colegas de turmas e palestra sobre Fractais marcaram a data
Acadêmicos e professores da Universidade Paranaense – Unipar comemoraram na segunda-feira o Dia Nacional do Matemático, celebrado em 6 de maio. A data é reconhecida pela SBEM (Sociedade Brasileira de Educação Matemática) em homenagem ao aniversário de seu idealizador, o professor brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido por seu pseudônimo Malba Tahan.
Conforme a história, o nome árabe foi criado para conseguir publicar seus contos em um jornal, já que o editor havia rejeitado seu trabalho com a assinatura verdadeira. E, se passando por estrangeiro, funcionou. Autor de vários livros, incluindo ‘O Homem que Calculava’, Tahan também é famoso pela criatividade e por elaborar enigmas em sala de aula para iniciar suas explicações.
Segundo a coordenadora do curso, professora Marivane Martin, o objetivo da confraternização é divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua história e suas aplicações no mundo, buscando derrubar o mito de que aprender Matemática é difícil e privilégio de poucos.
Para marcar a data, a coordenadora ministrou palestra sobre um tema inovador, que começou a ser estudado recentemente no ensino médio: Fractais ou geometria não-euclidiana. As geometrias não- euclidianas foram descobertas no século 19, mas foi por volta de 1975 que o matemático polonês Benoit Mandelbrot desenvolveu uma geometria não-euclidiana, que chamou de fractais e que possui uma propriedade conhecida como autossimilaridade.
A professora contou que no século 6, Tales de Mileto inaugurou na Matemática a preocupação com demonstrações. Também citou a obra ‘Os Elementos’, de Euclides, e os postulados da geometria euclidiana. Falou ainda da dimensão topológica dos fractais, que é denotada por uma relação Matemática que envolve logaritmos.
Conforme apresentou a professora, a geometria fractal pode ser utilizada para descrever diversos fenômenos na natureza, onde não podem ser utilizadas as geometrias tradicionais, em estudos de partículas de aerossol, em diagnóstico de câncer por computador, nas artes gráficas, na biologia e na criação de paisagens que se aproximam da realidade.
O acadêmico do 1º ano, Fábio Schwertz, achou interessante a forma como foi lembrada a data, com um tema tão recente na história da Matemática e que agrega conhecimentos além da grade curricular. “A geometria fractal vai dominar vários segmentos e quantificar dados impactantes; para o profissional é importante saber onde entra a Matemática”, diz.
No telão, a professora apresentou as ‘obras de arte’: o fractal Ilha de Koch, Conjunto Júlia, Conjunto de Mandelbrot, Curvas de Peano, Ilha de Minkowski, Triângulo de Sierpinski e Conjunto de Cantor.