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NOTÍCIA

Paranavaí: Projeto desperta interesse em robótica e automação industrial

Publicado em: 27/12/2011 às 09:10

Dois trabalhos se destacaram; um controla uma unidade móvel robótica através da expressão facial, e o outro - um capacete com buzzer - é para ajudar deficientes visuais

Capacete com buzzer (buzina) para auxiliar deficientes visuais foi um dos projetos criados
Capacete com buzzer (buzina) para auxiliar deficientes visuais foi um dos projetos criados
O estudante Paulo Vitor Salustiano, responsável pela criação do capacete, durante apresentação do projeto
O estudante Paulo Vitor Salustiano, responsável pela criação do capacete, durante apresentação do projeto

Proporcionar o desenvolvimento de aplicações variadas, como movimentação de câmeras através de software, movimentação de motores de passo para a criação de robôs e, com isto, despertar o interesse para o desenvolvimento de trabalhos relacionados com a robótica e automação industrial. É este o objetivo de um projeto de ensino desenvolvido com sucesso na Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Paranavaí.

Coordenado pelo professor Wyllian Fressatti, o projeto ‘Desenvolvimento de Aplicações Microcontroladas’ visa introduzir o participante aos conceitos fundamentais desta tecnologia, apontando as ferramentas mais utilizadas para o desenvolvimento e efetivamente a realização de uma aplicação prática. Desenvolvido em formato de curso, o projeto proporciona aos estudantes o desenvolvimento e criação de seus projetos. Aberto a todos os graduandos do curso, oferece 56 horas de atividades nos laboratórios de informática.

Neste ano, dentre os projetos criados, dois se destacaram. Trata-se de um controle de uma unidade móvel robótica através da expressão facial, desenvolvido pelo estudante do 4º ano, Claiton Martins Garrido, e um capacete com buzzer (buzinas), para auxiliar deficientes visuais, desenvolvido por Paulo Vitor Salustiano, ambos orientados pelo professor Wyllian Fressatti.

No primeiro, o experimento utilizou-se de método não invasivo com técnica que dispõe de eletrodos sobre o couro cabeludo da pessoa e, através de EEG (Eletroencefalografia), capta o sinal elétrico neural. “Na sequência foi realizado um mapeamento deste sinal através de um computador e um software adequado. Também foi necessário construir um esquema de comunicação responsável por emitir os sinais (neste caso infravermelho) até a unidade móvel robótica”, explica Fressatti.

Segundo o docente, para o funcionamento do projeto foi necessário o desenvolvimento de três programas básicos: um para verificar qual foi a expressão facial, um para emitir um sinal e outro receptor que fica na unidade móvel robótica. “A experiência provocou muita curiosidade na Unidade de Paranavaí. O robô tomava sua direção conforme os movimentos dos olhos do estudante responsável pelos testes. O experimento comprovou que em um futuro próximo estaremos controlando diversos dispositivos através do pensamento e/ou expressão facial. Isto poderá ajudar pessoas com deficiência física a realizar suas atividades com maior facilidade”.

O capacete também foi desenvolvido no mesmo projeto. O objeto leva consigo diversos buzzer ao seu redor. Quando o usuário do capacete se aproxima de um obstáculo, um sensor detecta esta proximidade e envia um sinal para um microcontrolador que, por sua vez, dispara um buzzer posicionado na direção do obstáculo, informando o usuário que, naquela direção, existe o obstáculo. “Os dois projetos utilizam de conceitos trabalhados em sala de aula como arquitetura de computadores e linguagem C”, informa o docente.

Fressatti comemora o sucesso do projeto. “Ele tem despertado interesse por parte dos estudantes de forma geral. A cada ano letivo as pesquisas e os resultados vêm ganhando dimensão”. Segundo ele, os bons resultados são fatores importantes, visto que os trabalhos ficam à disposição para que sejam utilizados por outros estudantes.

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