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Cascavel: Psicóloga do CPA fala sobre Qualidade de Vida na PIC
Publicado em: 26/12/2011 às 15:07
A responsável técnica, Liliane Farias, promoveu momento de reflexão para agentes penitenciários
O CPA (Centro de Psicologia Aplicada), projeto de extensão do curso de Psicologia da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade Cascavel, foi parceiro do Programa de Aperfeiçoamento Continuado, iniciativa da atual gestão da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel). Na última sexta-feira, a responsável técnica do CPA, psicóloga Liliane Farias, palestrou para agentes penitenciários sobre ‘Qualidade de Vida’.
A coordenadora de cursos, Sandra Bertelli, relata que a ideia do programa, que envolve campeonatos, lazer e palestras, é trabalhar atributos individuais e coletivos e melhorar a qualidade de vida pessoal e profissional: “Pelo fato de lidarmos constantemente com pessoas, é essencial essa interação entre equipes dos outros postos, proporcionada nesta capacitação”.
A palestra trouxe alguns conceitos. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), saúde é um estado de bem-estar físico e mental, não só ausência de doença. A partir da definição, todos puderam refletir sobre o seu trabalho, o relacionamento interpessoal, o ambiente e a realização profissional, áreas que, segundo a psicóloga, precisam estar em harmonia para que haja qualidade de vida.
Disse, ainda, que não se deve atribuir ao outro a sua insatisfação, mas que o primordial é saber lidar com as frustrações, descobrir as necessidades individuais e apostar em soluções. “Para estabelecer a qualidade deve-se respeitar sempre os próprios limites e isso inclui o trabalho”, afirmou.
Conforme reforçou, a qualidade de vida está relacionada com a capacidade de transitar com equilíbrio pelos problemas: “Isso requer esforço, empenho e vigilância. Precisamos saber usar nossos recursos internos, ter controle sobre o que se pensa, fala ou faz”.
Outro conceito apresentado foi o de tecnostress, o mal da modernidade, resultado frequente do homem com a tecnologia e que afeta as relações interpessoais, descrito pelo stress, competição, individualismo, cobrança de atenção e forte solicitação da memória, entre outras características.
“Há qualidade no trabalho quando existe o encontro de aspirações, percepções e padrões culturais do indivíduo e da organização, além de sensibilidade e bom-senso na convivência profissional e reconhecimento de seus erros”, enalteceu, complementando que equilibrar a vida familiar com a profissional fortalece a boa atuação no trabalho.
Para encerrar, questionou os participantes sobre como atingir o equilíbrio e bem-estar 24 horas por dia, respondendo que em primeiro lugar deve-se levar vida ao trabalho. E o grupo aproveitou o máximo, como avalia o agente Luciano Luz: “É muito importante debater o tema, pois se aplica 100% à nossa vivência diária, propiciando pensar a relação com os colegas, que já é intensa, e se envolver mais”.