UNIPAR - UM ESPAÇO PARA O SEU TALENTO

O curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, comemorou seus dez anos na Semana Acadêmica, intitulada ‘Intervenções espaciais – diálogos sobre objeto, arquitetura e cidade’. O evento recebeu profissionais ilustres, inclusive de fora do país. O Coro Municipal foi convidado para apresentação cultural de abertura.

A diretora da Unidade, professora Débora Venturin, destacou em discurso a importância das inovações tecnológicas e do profissional arquiteto, que trabalha para evoluir as cidades e deixa sua marca no espaço.

Para ministrar a palestra de abertura foi convidada a arquiteta Ana Maria Brollo, de Mar Del Plata/Argentina, também professora e consultora nas áreas de projeto ambiental, na Itália. A palestrante falou sobre ‘Bio-Arquitetura’, ressaltando proposta de ‘casa saudável’, que seja ecológica e biologicamente correta e que caiba no bolso do cliente.

“É importante os alunos tomarem consciência de que a construção deve responder às necessidades da casa e da pessoa. Fala-se de sistema construtivo, reciclagem e funcionalidade. Cada vez mais a arquitetura utiliza os bens naturais, sem emissão de petróleo ou material químico”, disse.

Também na programação do evento foi trabalhado o tema ‘Intervendo no passado: o espectro da preservação do patrimônio histórico’, pela arquiteta Silmara Feiber. Ela expressa que diante do conflito do novo e antigo busca-se preservar e desenvolver: “É fundamental reconhecermos o respeito ao patrimônio, pois nós chegamos depois”.

Instigante tema, ‘Intervenções espaciais: o diálogo do homem com o espaço’, foi levantado pelo psicólogo Alexandre Baiocchi. Ele apontou questões relativas ao ambiente, estética e planejamento urbano, evidenciando que toda ação humana (positiva ou negativa) influencia a subjetividade, o psiquismo e a percepção do sujeito (cidadão). O palestrante frisou ainda que Arquitetura é arte e, como está inserida no meio urbano, o apreço pelo espaço público ou não depende da visão de mundo particular, do ser que observa e interage.

Entre os minicursos, ‘Compreendendo as nuances dos detalhes do mobiliário’ foi o assunto ministrado pelo acadêmico Valdecir da Silva. Sua experiência de oito anos na área de fabricação de móveis e vinte com lapidação da madeira agregou muito valor.

O profissional falou sobre materiais para a confecção de móveis, estilos do mobiliário, confecção e erros comuns de projetos e marcenaria, frisando a importância de o arquiteto conhecer o processo para poder orientar o marceneiro na fabricação. Ele afirma que cursar arquitetura contribuiu para a melhora no design e qualidade de seu produto: “Trabalhamos com peças únicas, inspiradas no gosto do cliente e um toque particular”.

O encerramento das atividades aconteceu com o tradicional concurso Charrete, que abarcou o tema ‘Arte urbana e mídia locativa’. Para dar suporte às criações, os estudantes assistiram à palestra com a arquiteta Betina Campos, que trouxe proposta conceitual. Os tópicos principais foram o processo artístico, arte e arquitetura como linguagem de comunicação, o cenário urbano, mobilidade e utilização da bicicleta, tendo como ponto central o Teatro Municipal.

Uma madrugada foi o prazo para a elaboração do projeto, avaliado pelos arquitetos: Betina Campos, Roberto de Carli, Maurício Rezende, Débora de Camargo, Lissandro Gil e Cristiano de Almeida. A premiação foi no jantar de confraternização dos dez anos do curso e quem levou o primeiro lugar foram os acadêmicos Douglas Cieslinski, Loana Marostica, Karina Cordeiro, Adriano Backes e Tiago Farias; o segundo, Nathana Milan, Cláudia Simioni, Pâmela Elias, Larissa Silva e Naise Bartoski; e o terceiro, Fernando Melchior, Hallana Ampolini, Allan Picolli, Michelli Selzler e Enji Nagasawa.

“É gratificante ver a participação dos acadêmicos nesse momento de inspiração e transpiração”, salienta o coordenador do curso, professor Emerson Santos.