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Faltam mais de trinta mil químicos para atuar no Brasil nos próximos quinze anos. A previsão anunciada por pesquisadores do Instituto de Química da USP foi a ênfase do Ciclo de Palestras em Comemoração ao Ano Internacional da Química, promovido pela Universidade Paranaense – Unipar e NRE (Núcleo Regional de Educação), em Umuarama.

Professores e estudantes do ensino médio e das graduações de Química e Química Industrial da Unipar formaram a plateia do evento, que pautou quatro palestras: ‘A formação de profissionais da química no Brasil e suas novas áreas de atuação’, com o professor Adriano Romero, pesquisador da UTFP; ‘Química e pintura: uma conversa entre arte e ciência na sala de aula’, com o professor doutor Ourives Santin Filho, pesquisador da UEM; ‘A pesquisa científica em química’, com o professor doutor Douglas Dragunski, pesquisador da Unipar; e ‘Legislação do químico’, com o engenheiro químico do Conselho Regional de Química, João Batista Carlos Chiocca.

Foram duas noites de debates (em 24 e 25/10), no teatro principal da Unipar. Na abertura, o coordenador das graduações de Química e Química Industrial da Unipar, professor José Gaspar Ferrarezzi, explicou os motivos que levaram a ONU a instituir o Ano Internacional da Química (AIQ). “O principal foi celebrar as grandes descobertas, os últimos avanços científicos e tecnológicos e tudo o que elas representam para a melhoria do bem-estar da humanidade”, enfatizou.

Segundo ele, os eventos do AIQ também se empenham em incentivar o interesse na química entre os jovens, gerando entusiasmo, num tempo em que tanto se fala em sustentabilidade: “Os debates em todo o mundo estão explorando como a investigação química é fundamental para resolver problemas globais críticos, envolvendo alimentos, água, saúde, energia, transportes e tantos outros temas”, sentenciou.

Na cerimônia de abertura, representando o NRE, a professora Maria de Fátima de Sousa Jorge Mendonça, ao se pronunciar, reafirmou a importância de reavivar os debates em torno do assunto, lembrando o quanto está promissor o campo de trabalho nesta área. “O Brasil está em franco crescimento e, com isso, necessitando mão de obra especializada. O NRE sente-se feliz em contribuir para alertar nossos estudantes, em fase de escolha da profissão, sobre isso”. Também justificou a parceria: “Unimos nossos objetivos aos da Unipar e comemoramos o AIQ promovendo, além dos debates em torno de novos conhecimentos, a interação entre nossos alunos do ensino médio com os universitários. Isso, sem dúvida, é uma experiência importante para ambos”.