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Toledo: Tratamento de correção postural aumenta na Clínica de Fisioterapia
Publicado em: 28/10/2011 às 15:13
Adolescentes que sofrem de escoliose idiopática são as maiores vítimas. Mais de 300 já foram atendidos
Propiciar qualidade de vida à comunidade é um dos objetivos da Clínica Escola de Fisioterapia, projeto de extensão do curso de Fisioterapia da Universidade Paranaense – Unipar, Câmpus Toledo. Com atendimento em várias áreas, o espaço realiza cerca de 400 atendimentos por mês.
Neste ano, o atendimento a casos de correção postural aumentou consideravelmente, principalmente em adolescentes que sofrem de escoliose idiopática, causada pelo desvio lateral da coluna vertebral.
“Quando essa deformidade se desenvolve, suas consequências se repercutem em assimetria corporal, principalmente no comprimento dos membros inferiores. Atualmente, é cada vez mais comum adolescentes demonstrarem tal alteração, que quando não diagnosticada e tratada precocemente se transforma em um importante fator limitante na fase adulta”, explica a coordenadora da Clínica, professora Dora Segura.
Segundo ela, a causa está ligada a uma infância voltada ao sedentarismo e aos maus hábitos posturais. “Um sério problema do desvio da coluna vertebral é que ele possui caráter evolutivo, ou seja, se hoje o adolescente possui 15 graus de anormalidade, daqui um ano ele pode possuir 20 graus, prejudicando não só a postura, mas também o funcionamento de órgãos importantes como o coração e o pulmão, além de promover dor intensa, limitando a mobilidade e as tarefas do dia a dia”.
Para curar esse tipo de problema, há dois anos, a Clínica desenvolve um projeto utilizando técnicas de correção postural, como o RPG (Reeducação Postural Global), método antigo usado na manutenção das posturas; Pilates, prática de exercícios em solo, com bola e em aparelhos diferenciados; e Iso-Stretching, focada no alongamento.
Mais de 300 adolescentes participaram dos tratamentos e todos alcançaram a correção total da coluna. Os atendimentos são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e as sessões são individuais, com duração de uma hora.
O projeto é desenvolvido por estudantes do curso, entre eles bolsistas do PIC (Programa de Iniciação Científica). “Com este trabalho buscamos estimular o acadêmico a eleger e experimentar técnicas diferentes nos tratamentos. Antes de iniciarem o estágio, todos conheceram e treinaram as técnicas em workshops", ressaltou a coordenadora.