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NOTÍCIA

Umuarama: Professor de Direito participa de Congresso Brasileiro de Bioética

Publicado em: 26/10/2011 às 17:37

Luís Irajá Nogueira apresentou trabalho sobre bioética, globalização e coisificação do homem

Luís Irajá na entrada do evento
Luiz Irajá durante apresentação de seu trabalho

O professor do curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar, Câmpus Umuarama, e coordenador do projeto de extensão universitária Sajug (Serviço de Assistência Judiciária Gratuita), Luís Irajá Nogueira de Sá Júnior, participou do 9º Congresso Brasileiro de Bioética, promovido em Brasília/DF, no começo do mês, pela SBB (Sociedade Brasileira de Bioética) em parceria com a Unesco-Redebioética.

Com a temática ‘Uma Década Depois: Bioética (s), Poder (es) e Injustiça (s)’, reuniu mais de novecentos participantes e personalidades vindas da Europa e América do Norte, “dentre outros, que nos brindaram com palestras acerca do avanço da Bioética no mundo”, destaca o docente.

Neste ano, o evento teve por objetivo promover a reflexão acerca dos efeitos na agenda bioética internacional da última década, após a ocorrência do Sexto Congresso Mundial realizado em Brasília, em 2002.

“Dentre as conquistas desta última década, convém citar a criação da Declaração Universal Sobre Bioética e Direitos Humanos, homologada pela Unesco em 2005 com apoio de seus 191 países-membro”, salienta o professor.

E emenda: “Com este feito ampliou-se definitivamente a agenda da disciplina para além dos campos biomédico e biotecnológico, incorporando ao seu contexto também os temas sanitários, sociais e ambientais”.

No Congresso, com mais de duzentos trabalhos científicos, o docente expôs o estudo ‘Bioética, Globalização e Coisificação do Homem: O Papel dos Operadores do Direito para Evitar a Exclusão Social’, com o intuito de demonstrar que a política de globalização em tempos de crise coisifica o homem.

“Vale ressaltar que as recentes crises do sistema financeiro e produtivo mundial estão provocando a exclusão social, sobretudo nos países subdesenvolvidos. Nestes, os governantes utilizam como fórmula de ganhar terreno na competição internacional: baixa proteção social, isenções fiscais e expressivo mercado consumidor. Desta forma (sem proteção), o trabalho escravo tende a se alastrar”, alerta o docente.

Segundo ele, neste contexto, o desafio é prosseguir com a globalização sem exclusão. “O trabalhador deve ser apreciado por sua humanidade e não como meio de troca para atração do capital externo, numa sútil forma de coisificação do homem”.

Quanto ao evento, o professor diz que foi de grande importância, pois, além de apresentar trabalho, assistiu a palestras de alto nível e participou de fóruns de discussão e mesas temáticas que abordaram temas diversos ligados aos direitos humanos. Para a participação, o docente recebeu ajuda de custo do PICD (Programa Institucional de Capacitação Docente).

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