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Cascavel: Psicóloga ministra palestra para agentes penitenciários
Publicado em: 25/10/2011 às 15:14
A responsável pelo Centro de Psicologia Aplicada, Monique Färber, falou sobre Inteligência emocional
A tônica da Universidade Paranaense – Unipar, além formação acadêmica e profissional de qualidade, é contribuir para o bem-estar social. A convite da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel), a Instituição fortalece mais uma parceria via CPA (Centro de Psicologia Aplicada), auxiliando com o projeto interno de capacitação para agentes penitenciários.
O tema ‘Inteligência Emocional’ foi ministrado pela responsável técnica do CPA, Monique Färber, que pontuou alguns passos para se desenvolver essa inteligência: autoconhecimento, automotivação, empatia (perceber como o outro se sente), conhecer a arte do relacionamento e administrar as emoções.
“O QI (coeficiente de inteligência), que consiste na capacidade cognitiva do sujeito, só garante o sucesso se estiver associado à inteligência emocional”, afirmou, destacando que pessoas emocionalmente inteligentes investem naquilo que realmente querem.
A psicóloga falou sobre alguns líderes religiosos, políticos e acadêmicos. Como maior exemplo de inteligência emocional citou Jesus Cristo, independente de crença, enaltecendo que ser inteligente é manter a calma e a flexibilidade, não ter preconceito, preocupar-se e colocar-se no lugar do outro, cultivar o afeto e perceber a realidade como ela é.
Também apontou estatística frisando que 90% dos casos de aprendizagem acontecem a partir das vivências, confirmando a importância de o homem ter habilidade para se relacionar e resolver conflitos do dia a dia. “A inteligência não está pronta e acabada, ela pode ser desenvolvida”, argumentou.
E enfatizou que o indivíduo é responsável por traçar metas que lhe façam feliz. O agente Juarez Alves Pereira comentou que o egoísmo compromete o crescimento. “Não adianta se preocupar em fazer, mas em ser”, disse, tomando como exemplo o ídolo Airton Sena, que nunca expôs seus projetos sociais, conhecidos apenas depois da morte do piloto. Pereira destaca que o assunto é parte do instrumento de trabalho da equipe e possibilitou a interação e o entendimento sobre as pessoas: “Não podemos perder nunca a nossa essência”.
A agente Fabiana Girola leva em consideração que são duas realidades, o tratamento com os presos e com os agentes: “A palestra foi bastante significativa, tendo em vista o ambiente diferenciado, que acarreta algumas restrições na rotina de trabalho e também serviu para avaliarmos nossa postura. Com certeza, é um conhecimento para a vida”.