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Acadêmicos do curso de Enfermagem representaram o Câmpus de Francisco Beltrão no 14º CBCENF (Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem), na capital do Estado. Considerado o maior evento de Enfermagem da América Latina, o CBCENF lotou o Centro de Convenções Expotrade, com participantes dos 27 estados do país, mais de sete mil acadêmicos e profissionais da área.

O evento teve como tema central ‘A dimensão social da Enfermagem – para além dos setores público e privado’ e definiu o fio condutor das discussões, trazendo assuntos como ‘A Enfermagem e o terceiro setor’, ‘Ética e legislação em Enfermagem’ e ‘Empreendedorismo’.

Na noite de abertura, houve apresentação de todas as delegações e apresentação musical da Orquestra Sinfônica Villa Lobos, de São Paulo, regida pelo maestro e violinista Adriano Machado. Do erudito ao popular, no repertório foram tocados clássicos e execuções dos mais variados estilos musicais, entre eles Aquarela do Brasil.

Um ponto marcante foi a assinatura do convênio entre as organizações representativas da Enfermagem brasileira, COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), ABEN (Associação Brasileira de Enfermagem) e FNE (Federação Nacional de Enfermagem), que com o Ministério da Saúde e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) farão pesquisa inédita sobre o ‘Perfil da Enfermagem no Brasil’, analisando os mais de 1,5 mil profissionais. O objetivo é caracterizar o número de enfermeiros, técnicos e auxiliares em atividade, focando aspectos sociodemográficos, formação profissional e acesso a formação técnico-científica, envolvendo o universo de trabalho e aspectos político-ideológicos.

Outro acontecimento foi o lançamento do ‘Fórum Nacional 30 horas Já – enfermagem unida por um objetivo’, movimento que representa a luta permanente dos profissionais de Enfermagem pela jornada das 30 horas semanais. O presidente do COFEN, Manoel Carlos Neri, apresentou aos congressistas as principais diretrizes e estratégias do movimento.

O Fórum contou com a participação do COFEN e apoio da ABEN, FNE e CNTS (Confederação dos Trabalhadores de Saúde). A partir desta mobilização das entidades representativas da Enfermagem, o Fórum visou fortalecer a categoria para a aprovação do Projeto de Lei 2295/2000.

“O Congresso, além de proporcionar o encontro de toda a Enfermagem brasileira, permitiu a troca de experiências e a percepção de que somos diferentes na cultura, mas iguais no cuidado e amor pela profissão”, destaca a coordenadora do curso, professora Lediana Dalla Costa.

Em relação às palestras, no painel Empreendedorismo, a doutora Taka Oguisso falou sobre possibilidades de atuação fora dos serviços públicos e privados, como autônomo. Lamentou o fato de “as escolas não prepararem o aluno para atuar por conta própria, apenas para serem subordinados a uma equipe”. Além disso, alertou a quem pretende empreender sobre os riscos legais e éticos envolvidos no processo. Também deixou mensagem de ousadia, para que não se tenha medo de novas experiências.

A responsável técnica pelo estágio em Saúde Pública, Aparecida Marchi, ressalta a importância da renovação de conhecimento científico, através de palestras, apresentação de novas técnicas e tecnologias: “Ficou claro que os problemas enfrentados, as lutas e expectativas com a profissão nos diversos cantos do país são muito semelhantes”.

Para a acadêmica Natália Dalla Costa Becker, “participar do CBCENF foi importante para aprimorar conhecimentos, conhecer a realidade de outros estados e saber as necessidades existentes na profissão”. A acadêmica Mariana da Rosa complementa que “foi uma forma de confirmar a dimensão da Enfermagem com a troca de experiências com acadêmicos e profissionais de outros estados e instituições, o que proporcionou um enriquecimento cultural e científico”.

Programação cultural brindou os participantes com shows do grupo de pagode Fundo de Quintal, da dupla Zezé di Camargo e Luciano e da banda de rock Capital Inicial.