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NOTÍCIA

Umuarama: Engenharia Agronômica estuda técnicas de agricultura de precisão

Publicado em: 15/09/2011 às 17:30

Pequenos, médios e grandes empreendimentos serão avaliados para entendimento das técnicas

O coordenador do projeto, professor Rone Batista Oliveira

Promover aproximação da pesquisa acadêmica com a realidade de campo, contribuindo para o desenvolvimento da ciência e tecnologia. Este objetivo move um importante projeto desenvolvido pelo curso de Engenharia Agronômica da Universidade Paranaense – Unipar, Campus Umuarama.

Intitulado ‘Mecanização Agrícola e Agricultura de Precisão no Município de Umuarama’, o projeto envolve cinco estudantes de Engenharia Agronômica e três do curso de Química, ligados ao PIC (Programa de Iniciação Científica), além do coordenador, professor Rone Batista de Oliveira.

Para realização, é dividido em duas linhas de frente. A primeira consiste em realizar um diagnóstico da adoção de técnicas de agricultura de precisão no município, ou seja, verificar nos pequenos, médios e grandes empreendimentos agrícolas quais adotam técnicas de agricultura de precisão, pontuar as dificuldades encontradas por cada um e, para quem não adota, propor soluções para a implantação de um programa de agricultura de precisão que visa o maior lucro e menor impacto ambiental possível.

A segunda linha de frente, segundo o professor, consiste em aproveitar as visitas a campo e realizar um diagnóstico dos principais agrotóxicos utilizados pelos agricultores e analisá-los em laboratório quanto às propriedades físicas e químicas, visando uma análise preditiva do potencial de eficiência no campo.

O professor explica que o tema foi escolhido para estudo porque a região não tem este diagnóstico: “Algumas investigações prévias em modernos setores, como o sucroalcooleiro, que fizemos deram como resposta que as empresas estão planejando implantar o sistema, ou seja, a maioria ainda está na fase da intenção de inovar e também porque esta linha de pesquisa é realizada por meio de tecnologias recentes adaptadas para o meio agrícola, tendo em vista a redução do uso de insumos e do impacto sobre o ambiente”.

O projeto já deu inicio às suas atividades. “Conversei sobre as tarefas com os estudantes, passei o cronograma das atividades, ensinei uma metodologia de medir a tensão superficial dos agrotóxicos que iremos trabalhar, ensinei realizar as formulações e também desenvolvemos dois questionários sobre agricultura de precisão para ser aplicados com gerentes de usinas e agricultores”, diz Oliveira. Ele lembra que o projeto promete proporcionar muito aprendizado para os estudantes, além de ensiná-los a trabalhar em equipe.

As perspectivas são grandes. “Faremos um levantamento da adoção das técnicas de agricultura de precisão, formando um banco de informações para avaliação e diagnóstico do potencial da tecnologia da região”, afirma o professor. “Como algumas tecnologias ainda estão em desenvolvimento, como aplicação localizada de defensivos e mapeamentos, por meio deste projeto estaremos em sintonia direta com os agricultores e com os principais fabricantes de equipamentos, onde contribuiremos para os ensaios em campo e a viabilidade desta tecnologia na região. Em todos os projetos de pesquisa acho essencial a demanda e/ou problema vir diretamente dos que irão utilizá-la”, emenda.

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