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NOTÍCIA

Cascavel: Em Fórum, professor da Unesp fala sobre Era do Vazio

Publicado em: 12/09/2011 às 11:34

Dinael de Campos, ex-professor da Unipar, focou contemporaneidade e sofrimento

Professor Dinael durante a palestra
Peça Tristão e Isolda, apresentada na abertura
Peça Tristão e Isolda, apresentada na abertura
A coordenadora do curso, professora Diocleide Silva, abre evento
A diretora do Campus, professora Débora Venturin, prestigia evento
Palestrante ladeado por professores da Universidade

A abertura do Fórum Pedagógico do curso de Psicologia da Universidade Paranaense – Unipar promoveu reflexão com a peça ‘Tristão e Isolda’, encenada por acadêmicos de História. A temática da noite foi ‘Contemporaneidade e sofrimento: e a psicologia com isso?’, ministrada pelo professor doutor Dinael Corrêa de Campos, da Unesp.

Logo de início, o professor, que já fez parte do corpo docente da Unipar, apresentou o vídeo ‘A fantástica fábrica de Direitos Humanos’. Tomando por base a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o vídeo expressa que todos os seres humanos são livres e iguais em dignidade e direitos. Citando cenas do nosso cotidiano, levou os estudantes a questionarem: “Será?”.

Segundo ele, na pós-modernidade vive-se o declínio do homem público, reservado em sua casa, frente ao computador: “Esse homem foge de sua essência, cria-se uma sociedade individualista, hedônica, consumista e submissa”. Na Era do Vazio, assim chamada por Lipovtsky [Gilles Lipovetsky, filósofo francês], a sociedade não tem ídolos e nem tabus, tem imagens que acentuam o narcisismo: “Quero que o outro seja igual a mim”.

O psicólogo pontua que é nesse cenário que as palavras de Saramago (1995) tornam-se desafiadoras às diversas práticas a que a Psicologia tem o compromisso de se fazer presente: “a responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam”.

Conforme contextualiza, o homem muitas vezes vive acorrentado e nem sabe que tem a chave para a liberdade. “Qual a visão que tenho de homem e de mundo, o que posso fazer para construir um mundo melhor, quanto me limito e não me permito ser feliz”, instigou, relembrando o papel do psicólogo de propor alternativas para o homem que deseja ser aceito e amado e entender que sofrimento é esse: “É preciso coragem e ousadia e compreender que é outro quem vai determinar o quanto eu conheço dele, o quanto posso conhecer”.

A coordenadora do curso, professora Diocleide Silva, enfatiza que “o psicólogo contemporâneo é desafiado a olhar além do que está aos olhos e buscar a essência humana do ser, que se encontra destituída pelo ter”.

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