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Mais de oitocentos estudantes e profissionais da área da saúde do país se reuniram no II Congresso Multiprofissional de Oncologia, realizado no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel. Os cursos de Biomedicina da Universidade Paranaense – Unipar, Campus Umuarama, e Psicologia, Enfermagem, Odontologia e Biomedicina, Campus Cascavel, prestigiaram o evento (entre 26 e 28/05).

O encontro científico foi promovido pela Uopeccan (União Oeste Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer) e teve como foco principal a atualização técnica e científica dos profissionais da área. Entre os diversos palestrantes estavam o doutor Ricardo Caponero, médico oncologista do Hospital Albert Einstein, e a assistente social Célia Ulysses, do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

O congresso também foi pautado por mesas-redondas, com os temas: Tratamento do câncer de cabeça e pescoço e reabilitação, Equipe multiprofissional em oncologia pediátrica, Atualidades e indicações no câncer de mama e Terapia intensiva em oncologia.

No decorrer do encontro foi aberto espaço para apresentação de trabalhos científicos produzidos por estudantes e profissionais da área. Os palestrantes convidados também visitaram a UOPECCAN e conheceram um pouco do trabalho desenvolvido pelo hospital do câncer de Cascavel.

“No cotidiano do nosso trabalho, nem sempre temos a possibilidade de conhecer a forma de trabalho de outras instituições e essa troca, ouvir a experiência de outros colegas, agrega novos conhecimentos e nos faz refletir sobre aquilo que podemos melhorar no dia a dia”, afirma Célia Ulysses.

“A pesquisa está em amplo crescimento na área da biomedicina. Por isso, incentivamos nossos acadêmicos a participar sempre de eventos científicos como esse, pois, eles abrem novos horizontes profissionais.”, ressaltou a coordenadora do curso de Biomedicina, Narjara do Carmo, do Campus Umuarama.

Segundo ela, a partir do congresso, o curso está organizando uma visita técnica à Uopeccan, no intuito de aproximar os estudantes do dia a dia de um hospital. “É uma oportunidade que eles têm para trocar experiências e conhecer um possível ambiente de trabalho futuro”.

Para a estudante do curso de Psicologia, Cristina Schlosser, o evento possibilitou refletir quão estigmatizada é a doença e impactante o diagnóstico. “O tratamento oncológico é agressivo e se torna fundamental proporcionar um ambiente agradável ao paciente, que necessita de um acompanhamento multiprofissional. Na área da Psicologia, é importante compreender a fragilidade do indivíduo imposta pela doença e que leva a privação do meio social, perceber o comprometimento emocional e a necessidade de troca de papéis, quem é o enfermo e quem é o provedor. Nesse processo, é fundamental reconhecer como as famílias se apresentam e como se dão as relações, não trabalhando apenas com o nosso padrão de família”.