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NOTÍCIA

Cascavel: História promove visita à reserva indígena

Publicado em: 30/06/2011 às 10:26

Estudantes de Ciências Biológicas também participaram; objetivo foi conhecer cultura, arte e rituais

Alegria e o colorido da tribo marcaram a visita
Alegria e o colorido da tribo marcaram a visita
Acadêmicos apreciam o artesanato indígena
Professor Maurício acompanha acadêmicos em excursão
Crianças mostram todo o talento na dança
Acadêmicas posam com crianças, que dão show no canto guarani

Com o objetivo de ampliar conhecimentos sobre povos indígenas paranaenses, o curso de História da Universidade Paranaense – Unipar promoveu visita técnica à aldeia indígena Tekoha Añetete, em Diamante D’Oeste. A viagem aconteceu no último mês e atraiu também acadêmicos do curso de Ciências Biológicas.

O acadêmico surdo, Odnei Joel Cardoso, foi acompanhado da intérprete de Libras Sheila Duarte. Ele conta que gostou de conhecer uma cultura diferente, visitar e saber como vivem os índios: “É importante ter esse conhecimento prévio para poder ensinar melhor os futuros alunos”.

Os estudantes conheceram toda a aldeia. O primeiro lugar visitado foi a Escola Estadual Indígena Kuaa Mbo’E, onde o ex-líder da tribo e professor apresentaram a comunidade. Os rituais e cultura foram explicados pelo líder religioso, assim como o artesanato indígena, que é o mesmo confeccionado pelos índios da Argentina. As turmas da Unipar também conheceram a casa de reza, onde são feitos rituais com cachimbo (em agradecimento à colheita, por exemplo).

Também fizeram contato com o curandeiro, figura muito importante para a tribo; considerado ‘médico’, é ele quem prepara o tratamento à base de ervas. A turma pôde conferir de perto, ainda, danças e músicas guaranis apresentadas pelas crianças e também contribuir com doação de alimentos não perecíveis.

Ao retornar, o acadêmico Rafael Tavares Penteado conta que tinha uma visão diferente de tudo o que viu: “Surpreendeu-me saber que eles preservam a língua nativa guarani e não incorporaram por completo o português”. Na visita, o estudante também observou a simplicidade do povo indígena: “Conhecemos as casas e notamos que não há ganância e que, mesmo com a alienação do homem branco, guardam suas raízes”.

As turmas também expressaram admiração pelo trabalho manual desenvolvido pelos índios, sua principal fonte de renda. Segundo contaram, muitos vão para as grandes cidades vender suas peças e poucos retornam, fato que lamentam.

O professor Maurício Schneider acompanhou a visita. “A reserva indígena é uma área que não pode ser invadida, que os índios podem ‘expulsar’ como quiserem quem ocupar o seu domínio”, observou.

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