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Toledo: Ama reúne 150 pessoas portadoras de deficiência
Publicado em: 17/06/2011 às 17:39
Desde 2000, projeto oferece atividades esportivas e recreativas adaptadas
Promover e facilitar a inclusão da pessoa com deficiência em atividades esportivas, bem como articular a teoria e a prática, ampliando a área de atuação dos estudantes. São estes os objetivos do Projeto Ama (Atividades Motoras Adaptadas), desenvolvido pelo curso de Educação Física da Universidade Paranaense – Unipar.
Iniciado em 1999 em Umuarama, foi estendido a Toledo no ano seguinte, oferecendo à comunidade do município e da região a oportunidade de praticar atividades físicas, esportivas e recreativas adaptadas. O projeto começou ofertando atividades aquáticas para deficientes mentais e o tênis de mesa para deficientes físicos. Em 2002 foi implantado o judô e o goalball, para deficientes visuais, e o xadrez adaptado.
Em 2005, mais novidades. Com o término da construção do ginásio de esportes, foi implantado o HCR (handebol em cadeira de rodas), cuja proposta de adaptação foi gestada no âmbito do projeto, em Toledo. “Nos dias de hoje o esporte é conhecido e praticado em nível internacional”, orgulha-se a coordenadora do projeto, professora Aline Strapasson.
Segundo ela, a ampliação da infraestrutura do curso de Educação Física também propiciou o desenvolvimento da capoeira adaptada, do maculelê e da dança em cadeira de rodas. Em 2007, o projeto deu início a atividades de estimulação precoce com bebês portadores de síndrome de down e atividades recreativas com pessoas surdas e com transtornos mentais.
Em 2010, incluíu-se o badminton adaptado. As atividades são supervisionadas por 4 professores e monitoradas por 40 estudantes de Educação Física, treinados para o atendimento dos participantes. ”Nossos alunos podem aliar teoria à prática e atuam desenvolvendo o trabalho de professores, treinadores e/ou acompanhantes dos nossos participantes”, ressalta a coordenadora.
Cerca de 150 pessoas participam. Todas encontram no projeto oportunidade de melhorar a qualidade de vida e de participar de competições. “Qualquer portador de deficiência da comunidade pode participar. Atendemos a partir dos 8 meses de idade”, informa Aline Strapasson, lembrando que a participação é de graça.
Parcerias O projeto também atende entidades da cidade. A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), a Apada (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos) e o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) são algumas das beneficiadas. Elas são avisadas no início do ano sobre as atividades e horários e enviam seus alunos.
A iniciativa conta com o apoio da Atacar (Associação Toledana de Atletas em Cadeiras de Rodas), da ADFT (Associação de Deficientes Físicos de Toledo) e da Clínica Escola de Fisioterapia da Unipar, que encaminham atletas e pacientes para as atividades.
Competições
O incentivo a participar de competições também faz parte do projeto. “As equipes de handebol em cadeira de rodas (HCR) e badminton adaptado já competem, e vamos começar com o tênis de mesa. A equipe de HCR é a atual campeã brasileira no HCR4 misto, HCR4 feminino e HCR7 e possui 4 atletas convocados para a Seleção Brasileira de HCR, além de parte da comissão técnica. O badminton adaptado poderá fazer parte das Paraolimpíadas 2016 no Rio de Janeiro e, se for, teremos atletas que integrarão a Seleção Brasileira.”, informa orgulhosa a coordenadora.
A professora cita, também, o atleta Jaime Augusto Reis, participante do 1º Campeonato Panamericano de Parabadminton 2010 e que trouxe duas medalhas, sendo uma de segundo lugar na modalidade dupla e outra de terceiro lugar, na individual. “Esse atleta é um dos mais motivados”, observa.
Visitas e exibições
O Ama tem dado tão certo, em Toledo, que constantemente recebe visitas de escolas e universidades interessadas em conhecer o que é feito; também com frequência é convidado a participar de abertura de eventos e apresentações, como jogos e congressos.
“Todos os participantes adoram estar incluídos nas atividades propostas e ficam muito ansiosos quando estamos de férias”, comenda a professora.
E acrescenta ainda: “Este projeto apresenta grande repercussão e divulgação, demonstrando o compromisso da Universidade com a comunidade, configurando-se como uma das principais ações de responsabilidade social da Instituição. É uma iniciativa que nos enche de orgulho e nos motiva a continuar na profissão, afinal, ser professora só é bom quando os alunos querem aprender; é o caso dos nossos alunos, que adoram aprender conosco; eles são demais”, declara.