Cascavel: Desfile de Moda foca comportamento das tribos na adolescência
Publicado em: 10/06/2011 às 17:19
Estilos extravagantes e de época estiveram na passarela. O trabalho exigiu muita pesquisa
O curso de Design de Moda da Universidade Paranaense – Unipar deu show na passarela, com a produção do desfile ‘Tribos’. A turma do primeiro ano causou sensação ao apresentar estilos que marcaram décadas: Hip Hop, Emo, Power pop, Metaleiro, Gótico, Hippie, Clubber, Pin-up, Nerd, Country, Paty e Punk.
O trabalho foi realizado na disciplina de Psicologia que estuda o desenvolvimento e o comportamento do homem na sociedade. A professora Deise Rosa explica que ao estudar a adolescência percebe-se que essa etapa tem muitos estilos diferentes: “É uma fase que o jovem precisa mostrar ao mundo que existe e, para isso, procura suas tribos e seus estilos bem extravagantes”.
Segundo ela, a ideia foi propor aos alunos que produzissem as roupas e incorporassem não só a vestimenta, mas o comportamento que cada tribo emite. “Eles foram ótimos. Junto com o desfile pesquisaram em que época cada estilo foi mais forte, quais as músicas do momento e o que a tribo quer transmitir para a sociedade”, ressaltou.
O acadêmico Ademir Freitas estudou sobre a tribo Clubber, famosa nos anos 1980. Ele conta que o grupo teve muita influência na moda pelos trajes coloridos e extravagantes: “Adoramos o sorteio da tribo, pois nos identificamos com esse conceito. Foi superlegal a elaboração e desfile dos looks, envolveu toda uma pesquisa sobre gênero musical, gostos e performance”.
Para quem não conhecia todos os estilos foi surpreendente. A acadêmica do curso de Ciências Biológicas, Andressa Marschall, gostou bastante, principalmente da tribo Pin-up: “Na história dessa tribo chamou a atenção a sensualidade e o romantismo das belas mulheres de calendário”.
O jovem Erivaldo Alves veio prestigiar sua esposa, a acadêmica Cíntia Hoff, que desfilou na tribo Emo. Essa cultura dá preferência a roupas pretas, maquiam os olhos com lápis preto, usam franjas caídas no rosto e curtem o som pesado do punk rock, com letras que falam de sentimento e emoções. “Foi interessante ver a mistura de estilos, alguns influentes na adolescência hoje, como vemos patricinhas, mauricinhos, punks e outros”, comentou.
Para a professora, a atividade enriqueceu o conhecimento sobre o ser humano: “Acredito que o público entendeu o comportamento de cada tribo e que os alunos, além de aprenderem sobre o comportamento diferente de cada pessoa e o respeito que devemos ter com cada estilo, aprenderam a superar seus obstáculos quanto a lidar com público, passarela e organização”.
O trabalho foi feito em conjunto com a turma do 2º ano, que projetou as roupas em desenhos e expôs no momento do desfile.