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NOTÍCIA

Projeto Memória Viva aborda detalhes da História de Cascavel

Publicado em: 17/05/2011 às 16:27

Fatos vivenciados por pioneiros vão virar documentário, que será exibido no aniversário do município

Antes das entrevistas, o professor Leodefane, com acadêmicos e pioneiros
Durante gravações, Paulo Krüger, Silvia Prado, e acadêmicas do projeto
O diretor do HU, Alberto Pompeu, memória viva da história de Cascavel
Os pioneiros Janini Bartinik, 62, Natalia Munhak, 90, e Dirceu Tfardoski, 65 anos

O curso de História da Universidade Paranaense - Unipar encabeçou o projeto ‘Memória Viva 2’, em parceria com o Museu da Imagem e Som de Cascavel. A proposta é fazer um documentário a partir de relatos de pioneiros sobre fatos que marcaram épocas. Orientados pelo professor Leodefane Bispo, os acadêmicos já iniciaram as gravações e quem comanda a filmagem é o egresso do curso, Paulo Krüger.

A coordenadora do Museu, Silvia Prado, destaca que o objetivo é abordar vários temas, formulando um material didático a partir de memórias vivas. A acadêmica Larissa Leonel fala que o contato com personagens vivos é uma ferramenta a mais para o conhecimento: “Ao sairmos da teoria para a prática sentimos a história mais próxima”. A acadêmica também integra projeto do Museu Histórico Celso Formighieri Sperança.

Uma das primeiras entrevistadas, a aposentada Janini Bartinik, nascida em Cascavel, em 1949, disse se sentir feliz em poder participar, dando informações da época. Ela lembra bem quando houve posses de terras por pistoleiros, mas também recorda de bons momentos: “Naquele tempo, as famílias viviam juntas e o mais esperado eram as festas que íamos com os primos”.

Na última sexta-feira, o senhor Dirceu Tfardoski, nascido em 1946, completou cinquenta anos como barbeiro. Muito feliz, ele conta que ingressou na profissão aos 15 anos, escondido do pai. Quando mais novo trabalhou em serraria. Para ele, que tinha pouco estudo, ser barbeiro era um sonho e também uma função de artista.

Após três anos atuando na área abriu seu próprio negócio, a Barbearia do Dirceu. “Sinto-me surpreso pelas mudanças do que vi quando era menino e da cidade que vejo hoje. Na nossa infância, a diversão era sair para caçar nos fim de semana”, lembra. A mãe do Dirceu, dona Natalia Munhak, também contribuiu para o documentário, contando sua experiência de 90 anos.

Outro personagem desta história nasceu em Getúlio Vargas/RS, mudou-se para Videira/SC, onde fez o primário, e veio para Cascavel/PR aos 12 anos de idade. Segundo Valdir Antônio Webber, é muito bom chegar aos 72 anos esbanjando qualidade de vida. Ele elogia o ensino fundamental de Videira e afirma que a boa educação impede a formação de analfabetos funcionais.

Graduado em Direito, trabalhou como assessor jurídico do grupo Mufatto e também teve sua passagem pela política, em 1976. “Sinto-me útil por ajudar a preservar a história, pois os pioneiros estão desaparecendo e a memória indo para o túmulo”, afirma, relatando que quando chegou ao destino se deparou com um vilarejo, rios e esconderijos para brincar de pirata. Lembra, ainda, o apito do trem e passeios de bicicleta com a namoradinha.

Nome bastante conhecido em Cascavel, Alberto Pompeu, 73 anos, também já gravou seu depoimento. Nascido em Foz do Iguaçu veio morar em Cascavel em 1949, quando era distrito. Graduado em Ciências Contábeis, escolheu atuar na área administrativa e, desde 2004, é diretor geral do Hospital Universitário.

Ele conta que pela posição geográfica sabia que nascia no Oeste uma grande cidade, mas diz ter se espantado e, ao mesmo tempo, se admirado com tamanho crescimento socioeconômico. “O perímetro urbano cresceu e continuamos apreciando a convivência da época, quando todos se conheciam e participavam dos eventos da cidade (baile, corrida de cavalo). O grande ponto de encontro eram as festas de igreja”, emociona-se.

O coordenador do curso, professor Fausto Irschlinger, acompanha os trabalhos, que têm o apoio da diretora do Campus, professora Débora Venturin.

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