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NOTÍCIA

Farmácia: Em 20 anos de história, curso firma-se com diversos projetos

Publicado em: 13/05/2011 às 17:00

Com estrutura de ponta para estágio, graduação prioriza estímulo ao pensamento científico

Além dos laboratórios da Unipar, cinquenta empresas da região recebem estudantes para estágio
Aula de manipulação: Áreas de estágio são abrangentes e seguem tendências de mercado
Estudante de Farmácia na Sanepar: cinquenta empresas da região se abrem para estágio
Aula de manipulação: Áreas de estágio são abrangentes e seguem tendências de mercado

Um dos cursos mais concorridos da Universidade Paranaense – UNIPAR está em festa. Criado em 1991, o curso de Farmácia comemora vinte anos de intenso trabalho, pautado na excelência. Neste período, formou para a sociedade 1.575 profissionais. Muitos vieram de longe em busca do diploma. Hoje congrega quinhentos alunos em cinco séries.

A matriz curricular do curso é cuidadosamente pensada para formar profissionais éticos e comprometidos com a realidade nacional. Com isso, soma louros: conceito 3 no MEC (o máximo é 5), o que faz com que o seja reconhecido automaticamente, e certificações ‘Três Estrelas’ (relativo a conceito bom), da revista Guia do Estudante da editora Abril.

Também exibe no currículo bons conceitos pelos projetos sociais que desenvolve. Em 2005, a Farmácia da Partilha foi premiada pela Fundação Banco do Brasil como uma das três técnicas sociais mais relevantes do sul do Brasil. Desenvolvido em parceria com a igreja São Francisco de Assis, a FP beneficia, todos os anos, milhares de pessoas de baixa renda, com orientação e repasse de medicamentos. (arrecadados em campanhas, muitas promovidas pelos próprios estagiários).

Outro mérito do curso de Farmácia da Unipar: muitos ex-alunos se tornaram mestres e doutores e hoje lecionam no ensino superior em vários estados como Rondônia, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina. “Só no nosso corpo docente, temos onze ex-alunos”, diz a diretora do Instituto Superior de Ciências da Saúde, professora fundadora do curso, Irineia Baretta.

Ela diz, também, que a maioria do corpo docente possui título de mestre e doutor fazendo com que, atualmente, o curso conte com um dos maiores números de docentes pesquisadores lecionando em programas de mestrado de IES (Instituições de Ensino Superior) de várias cidades do país e de outras parceiras da Unipar. “Fato que estimula o intercâmbio de conhecimentos”, destaca.

Nessa trajetória de duas décadas o curso comemora também as mudanças que ajudou a promover, beneficiando diretamente a sociedade. Um dos pontos valorizados é a presença constante do farmacêutico na farmácia. “O curso entrou na luta da conscientização, luta que dura até hoje, onde a intenção é trabalhar para que as farmácias sejam vistas como um centro de promoção à saúde e não como meros estabelecimentos comerciais”.

Um outro marco no currículo do curso, aponta a diretora, é a implantação da habilitação em análises clínicas em 1995, quando foi criado o Laboratório de Análises Clínicas da Unipar, um projeto que fez aumentar a interação da Unipar com a comunidade. O LACU, hoje, realiza em média três mil exames /mês (de rotina e especializados), atendendo cerca de 120 pacientes/dia. Outro fato comemorado: em 2008, uma parceria com o governo do Estado viabilizou estágio no Banco de Sangue de Umuarama (hemonúcleo), favorecendo o aperfeiçoamento na área das análises clínicas.

Farmacêutico nos hospitais Outro mérito que o curso de Farmácia abraça é a conscientização nessa área: nos últimos anos os hospitais da região passaram a contratar farmacêuticos hospitalares, melhorando o atendimento. Hospitais de Umuarama investiram também em projetos que acabaram colaborando para a projeção do curso e consequente valorização do profissional farmacêutico: em 1996, via extensão universitária, Unipar e Cemil implantaram a CMI (Central de Misturas Intravenosas), trabalho que se tornou referência; no mesmo ano, no Nossa Senhora Aparecida, foi criado o 12º Centro de Informação sobre Medicamento do Brasil, incluído na Rede Nacional de Centros de Informação sobre Medicamentos e o Centro de Informações Toxicológicas (CIT).

O CIM funciona até hoje; a CMI, também, só que, desde 2004, no Nossa Senhora Aparecida. “Ambos bem-sucedidos, esses projetos convertem-se em um importante campo de estágio”, diz a coordenadora do curso, professora Sandra dos Santos. Ela aponta outra estratégia inovadora do curso: investir em atividades de Assistência Farmacêutica Domiciliar. “Participando, os alunos extrapolam seus campos de trabalho; in loco podem observar os problemas, as dificuldades dos pacientes e, assim, exercitar mais suas habilidades na compreensão das doenças e suas consequências”, arremata.

50 convênios para estágios As atividades do ESCO (Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório) têm duração de 960 horas curriculares, que são cumpridas nos ambientes da Unipar e fora. O curso tem conveniadas 29 farmácias de dispensação, 6 indústrias de alimentos, 10 laboratórios de análises clínicas e 5 farmácias de manipulação. Ao todo são 50 convênios, que englobam também hemonúcleo, Unidades Básicas de Saúde, Pronto Atendimento Municipal, Hospital Veterinário da Unipar (na Farmácia Veterinária), Laboratório de Manipulação de Fármacos da Unipar e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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