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Paranavaí: Farmácia alerta sobre perigos da automedicação
Publicado em: 12/05/2011 às 16:27
Em parceria com o Conselho Regional de Farmácia, evento foi realizado no centro da cidade
Informar e conscientizar a população sobre riscos da automedicação e, ao mesmo tempo, envolver os estudantes na prática de conhecimentos adquiridos na sala de aula, por meio da interação estudante-comunidade. É com este objetivo que o curso de Farmácia da Universidade Paranaense – Unipar participou de atividade em alusão ao Dia Nacional do Uso de Medicamentos (em 5/5).
A ação foi promovida pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado (CRF-PR) e Unipar. Estudantes e professores realizaram mobilização no cruzamento das avenidas Paraná e Getúlio Vargas, durante sete horas, informa o coordenador do curso, professor Geraldo Emílio Vicentini. “Esta foi a primeira edição da campanha em Paranavaí e envolveu a distribuição de folders explicativos sobre a profissão farmacêutica, uso correto de medicamentos, orientações quanto a esta data comemorativa e sobre o descarte correto de medicamentos vencidos, além de abordarem o fracionamento”, diz.
“A campanha incluiu também conversa orientada com a comunidade, realizada pelos futuros farmacêuticos, sendo, portanto um serviço de utilidade pública”, ressalta Vicentini. Os estudantes ainda ofertaram serviços de aferição da pressão arterial e testes de glicemia, sob supervisão dos professores Vinicius Arantes e Joseslange Silveira. Foram realizados mais de mil atendimentos.
“Esta atividade é uma importante ferramenta na busca pelo acesso a um serviço de saúde correto e adequado”, ressalta a presidente do CRF-PR, Marisol Dominguez Muro, elogiando o empenho da equipe da Unipar.
Para Vicentini, o ponto de partida da campanha é o princípio de que qualquer medicamento produz efeitos colaterais, mesmo os vendidos sem prescrição médica. “Dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas) de 2007 apontam que grande parte das internações hospitalares se deve a intoxicações medicamentosas, nunca visto antes na história”, atenta.
Outros dados também são alarmantes, diz o coordenador. Segundo estimativas da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), no Brasil, de 50 a 70% das consultas geram uma prescrição medicamentosa; e 50% dos medicamentos são prescritos, dispensados ou usados erradamente. “Desta forma, o farmacêutico, que têm no medicamento seu principal objeto de trabalho, tem um papel estratégico para garantir que o usuário tenha acesso à informação exercendo a orientação ao paciente quanto ao uso racional e a intercambialidade de medicamentos”, ratifica.
A ação foi acompanhada pelo Prove (Programa de Valorização da Educação).