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Dia Internacional da Mulher: Elas são maioria na Unipar
Publicado em: 04/03/2011 às 17:46
Nas salas de aula, ocupam mais de cinquenta por cento das vagas; no comando da Universidade, também detêm o maior número de cargos
Desde que foi instituído, no início do século passado, o Dia Internacional da Mulher tem motivado muita discussão sobre assuntos que acabam, no final, desembocando para a área do combate às desigualdades sociais. Embora a sociedade tenha evoluído, com leis mais incisivas e específicas, em muitas situações, até hoje, a mulher ainda é vítima de preconceitos.
E por isso o 8 de março continua como uma das datas que têm mais força no calendário das comemorativas. Eventos pipocam de norte a sul, confirmando a necessidade de não só prosseguirmos os debates, mas ampliarmos, para avançarmos nessa luta.
Se até os anos 30 as mulheres não tinham o direito ao voto, hoje temos uma presidente no comando do Brasil, fato que acalora os discursos. Outros fatos, como a ascensão da mulher em cargos de chefia, mesmo que bastante explorado, ainda sustentam a maioria das pautas do jornalismo, assim como as estatísticas promissoras no ensino superior brasileiro e o avanço feminino em quase todas as profissões.
Na Universidade Paranaense, os números confirmam essa tendência. Nas sala de aula, em todos os sete câmpus da Unipar, elas são maioria. Em Umuarama, são 55% por cento mais alunas do que alunos; em Guaíra, Paranavaí e Cianorte, o índice se aproxima de Umuarama: respectivamente, 58%; 53% e 54%; e em Toledo, Cascavel e Francisco Beltrão, passa de 60: 60,19%, 66% e 64%. Na contagem geral, elas totalizam 58,90% do alunado.
No comando da Unipar, o número de mulheres em cargos de confiança também é maior, embora a diferença seja pequena. Somando pastas da Reitoria, das Diretorias e de Coordenadorias de Curso, o resultado é 51 a 59 para elas. No top da lista está a Vice-Reitora, professora Neiva Pavan Machado Garcia, que preside a mantenedora da Unipar, a Apec (Associação Paranaense de Ensino e Cultura).
Fundadora da Instituição, a professora deixa claro que o momento é para refletirmos sobre preconceitos e o mal que causam à sociedade, mas nunca acirrar a chamada ‘guerra dos sexos’. “A convivência entre homens e mulheres deve ser harmoniosa. Isso é o que pregamos nas entrelinhas dos nossos discursos do dia a dia na Universidade. Em cada ação social que realizamos, almejamos justiça, sim, mas para todos”, salienta.
Em relação aos números relatados, onde as mulheres ‘vencem’, ela acredita que isso pode ser ainda reflexo da demanda reprimida. “Recebemos muitas mulheres com mais de trinta, quarenta anos, que vêm em busca de uma profissão; por algum motivo, deixaram os estudos no ‘tempo certo’; agora retornam porque percebem que precisam se capacitar para acompanhar o ritmo da modernidade e sem um curso superior fica praticamente impossível”.
Esse argumento, segundo a professora, é mais um fator de orgulho para a Universidade Paranaense, que se destaca pelo pioneirismo no ensino superior, no interior do Paraná. “É muito gratificante saber que, com nosso trabalho, nossos investimentos, abrimos caminho para muitas mulheres (além de muitos homens, logicamente) concretizarem seus sonhos”.
Sobre a colaboração feminina nos cargos estratégicos de uma das maiores IES (Instituições de Ensino Superior) do Paraná, dispara: “São comprometidas, persistentes, mas estão no cargo por competência, por méritos próprios”, frisa a presidente da Apec. “O direito de igualdade, em meio a tantas batalhas, é nossa principal bandeira”, ratifica.