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NOTÍCIA

Francisco Beltrão: Estudo sobre câncer de próstata é tema de TCC

Publicado em: 04/03/2011 às 15:00

Marisete da Rosa realizou o trabalho em parceria com a prefeitura de Flor da Serra do Sul

A enfermeira Marisete da Rosa, recém-formada pelo Campus Francisco Beltrão

A enfermeira Marisete da Rosa, ex-aluna da Universidade – Unipar, Campus Francisco Beltrão, focou em seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) o câncer de próstata, uma das doenças que mais mata homens no mundo. O estudo, intitulado ‘Câncer de Próstata, perfil epidemiológico de homens com idade igual ou superior a 40 anos, submetidos ao exame de PSA’, foi realizada em Flor da Serra do Sul e recebeu conceito A (nota de 9 a 10).

A partir da ideia de elaborar o trabalho, a administração do município, via Secretaria de Saúde, autorizou a realização de duzentos exames. “Em parceria com a Prefeitura fiz um levantamento do número de homens com idade igual ou superior a 40 anos, que residem naquela localidade”, explica, ressaltando a importância do auxílio prestado por enfermeiras e agentes comunitárias de saúde. A partir da pesquisa, realizada em dezenove comunidades do interior e na cidade, constatou-se que o município possui 733 homens nessa faixa etária. “Selecionei dez comunidades aleatoriamente, onde iniciei um trabalho de reuniões e os convidei para o exame de PSA (Antígeno Prostático Especifico)”, conta.

No total 197 homens participaram por espontânea vontade e somente 3% dos resultados deram alterados. Dos 3%, 33% deram-se na faixa dos 61 a 65 e de 50 a 55 anos e 17% na faixa dos 56 e 60 e mais de 70 anos de idade.

“Através da pesquisa diagnosticamos que existe uma deficiência de conhecimento entre a população. Precisamos trabalhar com palestras e orientar homens, acima dos quarenta anos, a realizarem o exame”, argumenta , afirmando que os exames preventivos facilitam a identificação da doença e o tratamento, aumentando as chances de recuperação, como em outros tipos de câncer. Estudiosos indicam que, no Brasil, as causas de morte em homens por câncer é superada somente pelo câncer de pulmão e a incidência de câncer em homens só é superada pelo câncer de pele não melanoma. O Brasil e os Estados Unidos são os países onde mais têm prevalência de câncer de próstata. Sua origem é desconhecida, no entanto, estudos apontam que fatores genéticos aumentam de 3 a 10 vezes as chances de aparecimento da doença.

Segundo especialistas, distúrbios hormonais e comidas gordurosas contribuem para o aparecimento da doença. O exame mais acessível e mais optado pelos homens é o exame de sangue, conhecido como PSA. Caso seja diagnosticada alguma alteração, o médico solicita exames mais específicos, como toque retal, ultrassonografia, transretal, raio X, cintilografia óssea e biópsia, entre outros.

A enfermeira diz que para identificar realmente se o paciente possui câncer de próstata é necessário realizar a biópsia: “Ainda existe muito preconceito e tabu em torno da saúde do homem, existem muitos paradigmas a serem quebrados”.

Marisete salienta que, na fase inicial, na maioria dos casos, o tumor prostático é assintomático. Os sintomas são percebidos somente em fase adiantada: dificuldade e dor ao urinar, desconforto pélvico e perineal, edema em extremidades inferiores e lesões ósseas sintomáticas. O câncer de próstata, quando adiantado, pode atingir órgãos vitais, como ossos e pulmões. O tratamento utilizado é definido pelo médico, podendo ser através de hormônios, radioterapia, quimioterapia, prostatectomia radical e outros.

Segundo a enfermeira, a administração municipal mostrou interesse em continuar com o trabalho nesse ano, com a meta de atingir 100% dos homens na faixa de risco. “Agradeço ao meu professor orientador, Ronaldo de Almeida Pereira, a equipe do Posto de Saúde e a administração de Flor da Serra do Sul, que contribuíram para a realização desta pesquisa, e a minha família, que sempre me apoiou”, destaca.

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