UNIPAR - UM ESPAÇO PARA O SEU TALENTO

Professores, estudantes e direção da Universidade Paranaense – Unipar, Campus Paranavaí, comemoram a mais recente conquista da coordenadora do curso de Enfermagem, professora Simone Cristina Baggio: a conclusão de seu mestrado em Enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá – UEM. Para a dissertação a professora escolheu estudar o diabetes mellitus. A defesa foi realizada em banca no último dia 10/02.

Na tese intitulada ‘Vivendo e Convivendo com o Diabetes Mellitus’, Simone Biaggio trabalhou com indivíduos diabéticos que se internaram e re-internaram no intervalo de doze meses, objetivando compreender e conhecer a vivência e dinâmica familiar do portador do diabetes. “Buscamos junto às instituições hospitalares de Paranavaí a listagem dos indivíduos diabéticos internados no ano de 2009 e comparamos mês a mês para identificarmos os diabéticos que haviam se internado duas ou mais vezes no intervalo máximo de 12 meses. Aqueles que haviam se internado apenas uma única vez no ano de 2009 comparamos com os internados no ano de 2008 para verificar se tinham internação anterior dentro do período de 12 meses”, explica a professora.

Para contato, Simone Baggio conta que utilizou da listagem dos pacientes internados em 2008 e 2009 sob o CID E10 e E11, não-insulino dependente e insulino dependente respectivamente do CID10 (Código Internacional de Doenças), que também trazia o endereço e telefones de contato. “O primeiro contato foi via telefone e quando não era possível fazíamos a visita domiciliar; este primeiro contato foi para explicar os objetivos e finalidades da pesquisa, bem como a importância da participação de cada um dos indivíduos identificados e o convite para participarem da pesquisa com a assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)”, conta a professora.

Durante o primeiro contato era agendado o melhor dia e horário para o diabético e o membro da família mais envolvido nos cuidados com a doença para a coleta de dados por meio de entrevista semiestruturada, que foram gravadas após o consentimento dos pesquisados. Para realização da pesquisa, a mestre contou com orientação da professora Sônia Silva Marcon, coordenadora do Programa de Mestrado em Enfermagem da UEM e com a ajuda voluntária das estudantes Renata Alves Faciroli e Rosilene Koehler. “A Rosilene também fazia parte do projeto de extensão ‘Assistência de Enfermagem ao Portador de Doença Crônica e sua Família’ que eu coordenava”, informa a professora.

Na banca composta por sua orientadora e pela professora doutora Catarina Aparecida Sales, do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e do Departamento do Curso de Enfermagem da UEM, além da professora Helena Hemiko Iwamoto, coordenadora do Programa de Mestrado em Enfermagem no Triângulo Mineiro, a professora expôs os resultados obtidos.

“Diante do desenvolvimento dessa pesquisa conclui que os profissionais da saúde, especialmente o enfermeiro (por ser o profissional diretamente envolvido com o cuidado), precisam investir incansavelmente na sua atualização profissional e, consequentemente, em ações de saúde diferenciadas, na abordagem e no cuidado do indivíduo diabético e da sua família”, diz a professora.
Ela também explica que se torna necessário que os enfermeiros elaborem planos de cuidados que extrapolem os conceitos biológicos que permeiam a assistência à saúde, investindo na educação em saúde ao assistirem os diabéticos e seus familiares, dando subsídios e estimulando o próprio doente e a família a controlar a doença.

“A relevância do tema da pesquisa está relacionada ao fato do diabetes ser uma doença em ascensão no nosso país e no mundo, sendo uma das principais condições crônicas que acomete o homem moderno. Desta forma é considerada pela Federação Internacional do Diabetes como uma das três doenças de maior importância para a América Latina, outro ponto importante da nossa pesquisa é o fato do município em estudo (Paranavaí-PR) ser referência em saúde aos 29 municípios que compões a AMUNPAR – Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná e que também constituem a 14ª. Regional de Saúde do Estado Paraná e ser palco de poucas pesquisas na área da saúde e mais especificamente na área da enfermagem”, ressalta Simone Baggio.

“Outro ponto que despertou o interesse pela pesquisa foram as inquietações surgidas durante a minha atuação profissional na docência ministrando os estágios supervisionados da disciplina de Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem II que trabalhamos com a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE atendendo pacientes diabéticos hospitalizados”, emenda.

Em relação à conquista, ela define como uma grandiosa contribuição para “meu crescimento e desenvolvimento pessoal, profissional e principalmente na área da pesquisa cooperando com a minha prática docente e posteriormente pesquisas desenvolvidas em conjunto com a população acadêmica, inserindo os alunos na área da pesquisa em enfermagem, favorecendo a construção do conhecimento nesses indivíduos e na área da saúde/enfermagem”.