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Cascavel: Projeto ‘Integrando espaços entre ensino e assistência’ encerra atividades
Publicado em: 27/12/2010 às 15:32
O curso de Enfermagem possibilitou aos acadêmicos por em prática o conhecimento adquirido em aulas de laboratório e incentivou a presença em eventos da área, um deles promovido pelo Nepeche
O curso de Enfermagem da Universidade Paranaense – Unipar faz um balanço bastante positivo do projeto de ensino ‘Integrando espaços entre ensino e assistência’, desenvolvido durante o ano. Supervisionadas pela professora Andrea Monastier, as atividades foram realizadas no Campus Cascavel, Unidade Neuro-Ortopédica do Hospital Nossa Senhora da Salete e Uopeccan.
A coordenadora do projeto, professora Maria Salete da Silva Bozza, justifica que o desenvolvimento de ações de ensino pode ser enriquecido pela aproximação entre estudo, elaborações teóricas e prática assistencial, “como é o caso dos cursos da área da saúde”.
O objetivo do projeto é possibilitar ao aluno a vivência prática da assistência antes e durante sua inserção nos estágios e cooperar para capacitação do aluno relacionada à teoria e prática de laboratório à vivência realizada em campo de atuação.
O projeto se fundamenta segundo teorias de alguns autores. Segundo Batista (2002), existe uma especificidade em ser docente na área da saúde que residiria “no fato de incluir uma intermediação com outro sujeito na relação professor/aluno, de incluir um paciente que é sujeito/objeto do ensino e do cuidado. Ou seja, além da questão do conhecimento puramente teórico estamos na presença de uma prática profissional que é cenário e objeto do conhecimento”.
O fazer docente na área da saúde, considerando suas especificidades, não pode deixar de atentar para o desenvolvimento das diversas competências a ele inerentes. O docente precisa ser competente em seu campo específico ou, como aponta Masetto (1998), ter competência em uma determinada área do conhecimento.
Behrens (1998) classifica os docentes universitários em quatro grupos, como forma de abarcar as diferentes possibilidades ou tipos de profissionais neste campo de ensino. Um grupo seria de professores de várias áreas do conhecimento que se dedicam integralmente à docência, mas que não vivenciam o que ensinam na prática. Ela questiona como este professor seleciona o que vai compor seu programa de ensino e como ele relaciona este programa com as demandas colocadas pelo mundo do trabalho se ele não tem vivência desta dimensão.
“Estes professores constituem um grupo de profissionais com carga horária considerável nas instituições, se envolvem efetivamente com a vida acadêmica e são responsáveis pela maior parte da produção científica”, diz. O professor, segundo a perspectiva de Behrens (1998, p. 66), deverá ser “crítico, reflexivo, pesquisador, criativo, inovador, questionador, articulador, interdisciplinar e saber praticar efetivamente as teorias que propõe a seus alunos”.
A coordenadora frisa que o projeto pretende contemplar espaço para vivência efetiva do cotidiano assistencial da Enfermagem e dar ao aluno a oportunidade de realizar ações assistenciais durante as aulas teóricas e práticas de laboratório, sendo uma ponte entre o vivido na assistência e o trabalhado na formação. Também pretende aproximar continuamente os docentes das ações assistenciais, oferecendo subsídios para as aulas.
Além dos projetos de ensino, pesquisa e extensão, outro diferencial do curso é interação em eventos tradicionais. Nesse ano, acadêmicos participaram do 6º Seminário de Cuidado Humano em Enfermagem, que discorreu sobre o tema ‘Cuidado em Enfermagem: Perspectivas atuais nos diferentes enfoques da prática profissional’. O evento foi promovido pelo Nepeche (Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano em Enfermagem) e realizado na Universidade Federal do Paraná, setor de Ciências da Saúde.