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A adesão de profissionais da saúde às boas práticas obstétricas, no momento que antecede um nascimento, é tema de artigo científico que acaba de ser publicado pela Rev Rene (http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/61474/196925), revista científica editada pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal do Ceará.

O texto é assinado numa parceria entre docentes e egressas do curso de Enfermagem da Unipar de Francisco Beltrão, entre elas a enfermeira obstetra, professora e coordenadora do curso, Lediana Dalla Costa, responsável pelo projeto de iniciação cientifica na área de obstetrícia. As práticas observadas vão desde o relaxamento até o uso medicamentoso no momento pré-parto. 

Para o artigo, as profissionais adotaram como método o estudo transversal, que foi aplicado com 207 mulheres com recém-nascidos, internadas em duas maternidades de referência da cidade.

De acordo com Lediana, as boas práticas são melhor aplicadas quando ocorre um parto vaginal. “Observamos um manejo muito mais adequado e humanizado naquelas mulheres submetidas ao parto vaginal do que naquelas submetidas ao parto cesárea, sendo que as boas práticas influenciam positivamente no decorrer do evento”, comenta.

Visualizou-se, ainda, que a maioria das boas práticas obstétricas são utilizadas durante o parto vaginal, entretanto, a maioria dos partos na região e no Brasil ocorrem por cesariana, demonstrando a necessidade do incentivo à naturalidade dos acontecimentos. Conforme a pesquisa na região, 72,5% das parturientes realizaram cesarianas e 27,5% parto vaginal.

A professora Jolana Cristina Cavalheiri, também autora do trabalho, destaca que a pesquisa reitera a importância de utilizar as boas práticas na parturição e demonstra que os profissionais de enfermagem na região têm utilizado tais condutas para humanizar a assistência ao binômio parturiente – recém-nascido. “Fico muito feliz em visualizar os resultados deste estudo, pois parte da assistência de enfermagem no município é realizada por profissionais que estudaram em nossa Instituição, demonstrando que os ensinamentos teóricos e vivências da graduação são utilizados na assistência e contribuem para qualidade dos serviços”.

A professora Franciele do Nascimento Santos Zonta, mais uma das colaboradoras da pesquisa, destaca que a Enfermagem Obstétrica tem ganhado um espaço ainda maior nos últimos anos, e que no curso, além da disciplina específica, são realizadas palestras, oficinas e atividades para que os alunos tenham essa vivência, ademais, os alunos têm a oportunidade de estagiar em uma maternidade referência.